O objetivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é dobrar de tamanho até 2026. E, com isso, ajudar o Brasil a investir e crescer mais nos próximos anos. O tema foi tratado em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (18), pelo diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa.
Atualmente, o banco tem ativos (tudo o que a instituição possui e controla) no valor de 684 bilhões. De acordo com Nelson, a intenção é dobrar esse total para R$ 1,4 trilhão – como era na gestão da presidenta Dilma –, quando alcançou o valor em 2014. Com isso, será possível aumentar novamente os desembolsos do BNDES em torno de 2% do PIB.
Ainda de acordo com ele, o BNDES acabou retraindo os investimentos nos últimos anos, chegando atualmente a menos de 1% do PIB. A ideia é dobrar esse percentual até 2026 de forma gradual.
Hoje, o capital do BNDES é de cerca de 34% dos seus ativos. De acordo com uma resolução do Banco Central – baseado no Acordo de Basileia, um tratado mundial para regular o funcionamento de bancos e instituições financeiras, esses percentuais mínimos devem ser em torno de 11% e 13%.
“Bancos de desenvolvimento no resto do mundo, como os da Coreia e da França, trabalham com índices entre 15% e 20%. Então, se nós elevarmos gradualmente os investimentos até 2% do PIB em 2026, nós vamos atuar em linha com a melhor experiência internacional. Financeiramente responsável, fiscalmente sustentável e socialmente necessário para o que se quer do BNDES”, explicou Barbosa.
Em resumo, esse aumento vai garantir investimentos em áreas fundamentais para o país. Entre elas, a infraestrutura social (como saúde, educação e segurança pública); em micro, pequenas e médias empresas; inovação; transição climática na agricultura sustentável e em cidades inteligentes (reurbanização e transporte público).