BNDES: R$ 156 bi em investimentos atendem 261 mil clientes

Os projetos de investimentos produtivos de 261 mil pessoas físicas e jurídicas tiveram o apoio em 2012 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que desembolsou R$ 156 bilhões, em 990 mil operações. Deste total, segundo balanço divulgado na segunda-feira (25), R$ 87 bilhões foram aplicados fora da região Sudeste, contribuindo para o processo de descentralização do desenvolvimento.

De acordo com o banco, apesar das incertezas nos mercados financeiros e de capitais, a inadimplência do Sistema BNDES manteve-se em um nível reduzido: o percentual foi de 0,06% no ano, inferior ao registrado em dezembro de 2011 (0,14%) e o mais baixo da história. A inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional foi de 3,6% em dezembro, conforme o Banco Central.

Segundo o documento, a baixa inadimplência e o perfil de crédito refletem as políticas operacionais, que buscam compatibilizar taxas de juros reduzidas e prazos compatíveis com projetos de longa maturação. O índice de adequação de capital (Índice da Basiléia) registrado pelo Sistema BNDES foi de 15,4%, situação superior aos 11% exigidos pelo Banco Central.

Posição financeira

O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$52,2 bilhões, correspondendo a um Patrimônio de Referência (PR) de R$ 89,6 bilhões, inferior ao total de R$ 99 bilhões obtidos em 31 de dezembro de 2011. A redução deve-se, principalmente, à desvalorização da carteira de ações a valor justo (de mercado) no período.

Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 715,5 bilhões em 31 de dezembro de 2012, apresentando crescimento de R$ 90,7 bilhões (14,5%) em relação a 31 de dezembro de 2011. O saldo da carteira de crédito e repasse atingiu R$ 492,1 bilhões em 31 de dezembro de 2012, dos quais 79,5% correspondiam a créditos de longo prazo.

BNDES tem lucro de R$ 8,2 bilhões

O BNDES registrou lucro líquido de R$ 8,2 bilhões no exercício de 2012, ano marcado pela instabilidade dos mercados financeiros e pelo fraco desempenho das bolsas de valores. A maior contribuição para o lucro foi dada pelos resultados com financiamentos a investimentos. Na análise comparativa entre os exercícios de 2011 e 2012, o lucro foi 9,6% inferior ao do ano anterior, de R$ 9 bilhões.

A redução do lucro também é explicada, em parte, pelo impacto positivo da provisão para risco de crédito no resultado de 2011, que totalizou uma receita de R$ 717 milhões. Isso ocorreu em função de eventos não recorrentes de recuperação de créditos, que geraram uma receita de R$ 881 milhões naquele exercício. Em 2012, tais receitas não se repetiram. Ao contrário, o banco registrou despesa com provisão para risco de crédito no valor de R$ 320 milhões, refletindo o crescimento da carteira de financiamento no período.

Em Questão – Secom

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