Boicote do PSDB surpreende senadores e impede votação do PNE

Boicote do PSDB surpreende senadores e  impede votação do PNE
Líderes foram surpreendidos pela quebra de
acordo. PSDB é o único responsável se
PNE não for aprovado pelo Senado em 2013
 

Líderes dos partidos eliminaram divergências para viabilizar a votação, mas foram supreendidos pelo boicote liderado por Aécio Neves

Estava tudo acertado entre os líderes dos partidos no Senado: para que o Plano Nacional de Educação (PNE) seguisse seu trâmite no Congresso, voltando para a Câmara dos Deputados e finalmente para a sanção presidencial, o texto com o qual todos estavam de acordo seria votado na noite desta quarta-feira (11). Para alcançar o entendimento, os senadores ainda tiveram o cuidado de isentar o projeto de qualquer influência partidária – dada sua importância estratégica para o País.

Mas não foi isso o que aconteceu. Uma das matérias mais importantes de 2013, enviada ao Congresso pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no início de seu mandato, não foi votada porque o PSDB, em ação comandada pelo senador Aécio Neves (MG), inesperadamente rompeu o acordo selado horas antes e boicotou a votação.

“Estava tudo acertado, desde as alterações feitas pelo relator, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), até mesmo o texto que seria apreciado pelo plenário”, conta o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Wellington Dias (PI). “Mas, quando chegou a hora do plenário votar, o senador Aécio Neves resolveu que não tinha mais acordo”.

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Sem explicação, Aécio rompeu 
intempestivamente acordo de líderes que 
havia garantido a votação. 

Para o líder do PT, a manobra que surpreendeu todos os demais partidos pode fazer com que o PNE, que agora tem votação agendada para a próxima terça-feira (17), não seja votada pelo Senado neste ano. Se isso acontecer, a responsabilidade será toda do PSDB”.

Wellington Dias lembra também que o projeto enviado por Dilma ao Congresso projeta metas importantes para o futuro do Brasil, como a erradicação total do analfabetismo, o atendimento escolar para todos, a igualdade da qualidade da educação entre todas as regiões do país, a formação e a valorização dos professores. “Não sabemos quais razões levaram o senador Aécio Neves a comandar a quebra do acordo que garantiria a aprovação de mais um importante projeto para o Brasil.

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