A trajetória de sucesso do Bolsa Família acaba de desenhar mais uma importante conquista na luta contra a extrema pobreza. Na edição desta segunda-feira, o jornal Valor Econômico trouxe mais um balanço positivo sobre o programa. Na capa, a seguinte manchete: “Renda sobe e 2,2 milhões de lares saem do Bolsa Família”. O principal motivo: aumento da renda dos beneficiários.
O programa Bolsa Família, criado ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se internacionalmente conhecido pela relevância na luta contra a pobreza, chegando a servir de modelo para outros países. O Bolsa continua sendo uma das principais bandeiras do governo da presidenta Dilma Rousseff, que além de anunciar, no início deste ano, um incremento de até 45%, também tem criado outras políticas públicas aliadas ao programa, como o Brasil Sem Miséria.
Juntas, as políticas de governo têm contribuído para elevar a renda de parte da população mais carente. Segundo a reportagem do Valor, cerca de 40%, ou 2,227 milhões, das famílias beneficiadas também foram favorecidas pela atual política de valorização do salário mínimo, que aumentou os índices de empregos formais. O secretário nacional de renda de cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Tiago Falcão, explicou, ainda de acordo com a publicação, que “o Bolsa e outros programas de transferência de renda (previdência rural e Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social) chegaram definitivamente aos mais pobres, permitindo principalmente o aumento da renda do trabalho de forma combinada. Por isso, tivemos efeitos interessantes na saída da pobreza”.
A luta contra a extrema pobreza não pode parar
Na última sexta-feira (14), a presidenta Dilma Rouseff anunciou novas ações que vão de encontro ao compromisso que assumiu de acabar com a extrema pobreza no País. A presidenta firmou um acordo com os governadores de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para levar o programa Brasil Sem Miséria para a região. O objetivo é retirar da extrema pobreza 716 mil brasileiros que vivem no Sul, por meio de ações que estimulem oportunidades de emprego na construção civil e nos supermercados e o aumento da produção da agricultura familiar.
No País, a meta do programa é atender 16,2 milhões de pessoas (4,3% delas no Sul), com transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento, energia elétrica e inclusão produtiva.
Catharine Rocha