O Ministério do Esporte anunciará nos próximos dias uma série de medidas financeiras visando à melhora no desempenho do Brasil nas Olimpíadas do Rio, em 2016, em comparação com o resultado obtido em Londres.
O objetivo do governo é que o País avance para as dez primeiras posições do quadro de medalhas, em 2016, mesma posição adotada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Além de um plano de investimentos que ainda será divulgado, o governo vai criar o programa Bolsa Ouro, que também está sendo chamado de Bolsa Medalha e Bolsa Pódio. Segundo o ministro Aldo Rebelo, o edital de convocação dos candidatos está em fase final de redação. Os atletas brasileiros que estiverem entre os 20 melhores nos rankings de suas modalidades poderão se candidatar a bolsas mensais que ficarão entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. A verba será entregue diretamente aos atletas, sem passar por intermediários como confederações ou o COB.
“Esse dinheiro permitirá que os atletas contratem nutricionistas, preparadores físicos e técnicos para acompanhá-los em suas atividades. É uma contribuição para que desenvolvam ainda mais seu potencial”, disse Rebelo.
No último ciclo olímpico, a União gastou R$ 1,76 bilhão na preparação dos atletas, somados Lei Piva, Lei de Incentivo ao Esporte, patrocínio de estatais e o programa Bolsa Atleta (ajuda de custo mensal entre R$ 350 e R$ 1.500). O valor é mais do que o dobro gasto pela Grã-Bretanha, que investiu R$ 834 milhões entre 2009 e 2012 e conquistou 65 medalhas (29 de ouro).
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, reconheceu que até o último ciclo olímpico não havia transparência na destinação dos recursos investidos.
“Um ponto muito positivo de Londres é a consolidação da ideia de que é preciso ter uma transparência nessa aplicação de recursos. Após Pequim, não foi assim. O Ministério do Esporte se bateu para que houvesse objetivos, metas, confrontos do resultado com o investimento”, afirmou.
Com informações de agências online