Em depoimento na audiência da CPMI das Fake News, nesta quarta-feira, a deputada Joice Hasselmen (PSL-SP) deu grande contribuição para desvendar a organização criminosa nas redes sociais em favor do bolsonarismo. “As instruções eram passadas pelo gabinete do ódio. Principalmente pelo Eduardo e assessores ligados a ele. Carlos [Bolsonaro] também teve muita atividade, mas está com o freio de mão puxado”, esclareceu ela.
De acordo com levantamento apresentado pela deputada, somente as contas oficiais do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, totalizam cerca de 1,87 milhão de robôs. Segundo a parlamentar, os bolsonaristas utilizam ao menos cerca de R$ 490 mil do dinheiro público, por ano, para difundir fake news. Essa verba seria destinada ao “gabinete do ódio”, criado para cuidar da comunicação do presidente.
A deputada @joicehasselmann acaba de dizer à CPMI que Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, tinha a intenção de montar uma Abin paralela, com a finalidade de grampear e produzir dossiês contra uma série de inimigos políticos do governo. É algo de extrema gravidade.
— Humberto Costa (@senadorhumberto) December 4, 2019
Os operadores da rede, de acordo com Hasselman, são comandados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Identificado o alvo do ataque, são criadas as fake news que são enviadas aos “multiplicadores” via whatsapp. No momento seguinte, são ativados os robôs que espalham as informações falsas pelas redes sociais. O modus operandi foi utilizado na campanha eleitoral e permaneceu ativo durante o primeiro ano da gestão do presidente Bolsonaro.
🚨🚨🚨 ALERTA 🚨🚨🚨
A deputada #JoiceHasselmann confirma que a atuação da milícia criminosa vem desde as eleições:
"Desde o início da campanha sempre houve 2 núcleos separados. É público que não gosto os filhos do Bolsonaro. Como são eles que comandam, nunca participei!" #CPMI pic.twitter.com/6g2sFiAWbs— Rogério Carvalho 🇧🇷 ⭐️ (@SenadorRogerio) December 4, 2019
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