Indignado com mais um ato bizarro cometido por Jair Bolsonaro contra a imprensa e o país, o senador Humberto Costa (PT-PE) detonou o comportamento do presidente da República, nessa quarta-feira (4), e disse que o Brasil está acordando e descobrindo essa estratégia presidencial de atacar a imprensa diariamente e criar confusão para esconder a incompetência do governo. “A intimidação ao Legislativo também faz parte dessa tática suja”, afirmou.
Para Humberto, hoje foi a vez de Bolsonaro se esquivar de responder sobre a divulgação do crescimento pífio do PIB do país em 1,1% em 2019, ao contrário do que prometeu durante a campanha eleitoral e até durante o seu primeiro ano de gestão. O parlamentar avalia que o capitão reformado é o pior presidente da história do país e terminará o mandato com essa marca.
“O crescimento do PIB foi tão ridículo quanto o ato realizado hoje pelo presidente, que usou a estrutura oficial da Presidência para que um imitador seu distribuísse bananas aos jornalistas. É mais uma agressão inaceitável à imprensa. Ele usou o ridículo para evitar responder a perguntar que não quer calar: cadê o crescimento do PIB no nosso país?”, disparou.
De acordo com o parlamentar, nunca um presidente da República desonrou tanto o cargo e tornou o país tão diminuído. “A marca dessa gestão é a incompetência. Bolsonaro e seu posto Ipiranga são um fracasso retumbante. E, para tirar o foco de tamanha incompetência, todo dia o governo cria confusão para confundir a população”, analisou.
Humberto ressaltou que o PIB do governo Jair Bolsonaro conseguiu ser pior do que o registrado no governo de Michel Temer. “É o pior resultado em três anos e o menor na média de uma década. Ele superou Temer. E olha que é tarefa dificílima. Com Bolsonaro e Guedes, o Brasil dá uma espécie de voo de galinha. Eles venderam o que não têm e querem justificar que um ano de governo é pouco”, criticou.
O senador avalia que a política econômica aplicada no Brasil desde o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, só produziu, até agora, desigualdade, pobreza, desemprego e sofrimento à população. “Esse modelo falido de corte de direitos, aumento de impostos e precarização do trabalho aumentou a pobreza e gerou fome e desigualdade”, destacou.
No entendimento do parlamentar, a crise está longe de ser resolvida e, na verdade, ela está sendo aprofundada pela ineficiência e pela visão estreita dos membros do Poder Executivo.