Entre janeiro e agosto deste ano, o governo Bolsonaro cortou 87% do leite doado às famílias pobres do interior de Minas Gerais e do Nordeste. A maldade atinge as áreas de maior grau de insegurança alimentar no país, onde estão 11 milhões de pessoas.
Conhecido como “programa do leite”, a ação é resultado do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA), que Bolsonaro “rebatizou” de Alimenta Brasil. Em sua origem, o programa definiu como objetivo atender famílias em situação de extrema pobreza.
“Era uma distribuição muito importante para várias famílias que necessitam do poder público. A gente aqui distribuía também às escolas para merenda e ao hospital”, conta Benedito de Paulo Neto, secretário de Agricultura do município de Mucambo (CE), registrou o UOL.
“O antigo PAA, Programa de Aquisição de Alimentos, que o Bolsonaro mudou para Alimenta Brasil sofreu um corte de 87%. Isso significa que falta leite para famílias no Nordeste e em Minas Gerais. Bolsonaro tira sustento de produtores e comida da boca das pessoas que mais precisam, para tentar comprar essa eleição. Para onde vai esse dinheiro?”, questionou o senador eleito, Wellington Dias (PT-PI).
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003, primeiro ano do governo Lula. No âmbito do programa Fome Zero, nasceu com as finalidades básicas de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
A desumanidade do governo Bolsonaro atinge em especial às crianças, prejudicando seu processo de crescimento. O crime contra as crianças se soma ao corte de 97% no orçamento das creches, deixando as crianças a bolacha e suco em pó.
Segundo o UOL, “a queda fica clara quando vemos o orçamento investido: neste ano, até agosto, foram apenas R$ 7.453.265,22”. O valor é menor, por exemplo – diz a matéria – que o gasto em novembro de 2021, quando foram investidos R$ 13.192.481,34.