Humberto Costa

Bolsonaro deve abandonar militância virtual e governar

Para Humberto Costa, os ataques promovidos nas ruas pelos manifestantes contra o Centrão é a prova cabal das digitais de Bolsonaro na instrumentalização dos atos
Bolsonaro deve abandonar militância virtual e governar

Foto: Alessandro Dantas

Dois dias depois das manifestações pró-governo, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou os pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), “estimulados por Bolsonaro”, e classificou como “muito oportunista” o fato do presidente incitar a violência contra o sistema em que ele se originou e viveu por décadas.

O senador afirmou que, melhor do que armar um café da manhã com outros chefes de Poderes para fingir normalidade, como fez na manhã desta terça-feira (28), Bolsonaro deveria mandar as suas milícias virtuais pararem de atacar as instituições e os membros dos Poderes da República, pois esses atos não levam a nada.

“Um pacto tem de ser fechado é com toda a sociedade, em seus mais diversos matizes. Não é somente entre chefe de Poderes e, muito menos, tendo o presidente da República como condutor, ele que estimulou esses ataques institucionais, e, menos ainda, tendo essa armada manifestação pró-governo como pano de fundo para esse acordo”, disparou.

Para Humberto, os ataques promovidos nas ruas pelos manifestantes contra o Centrão, “reunião de partidos absolutamente desconhecida do brasileiro comum, mas que surgiu como carro-chefe da manifestação”, é a prova cabal das digitais de Bolsonaro na instrumentalização dos atos.

“Bolsonaro passou as últimas semanas acusando o Legislativo de não lhe deixar governar, como se realmente se empenhasse para tal. Ele só omitiu que o Congresso Nacional que hoje ele ataca é o mesmo em que passou 28 anos, depois de ter se aposentado do Exército aos 33 anos”, declarou.

O senador ressaltou que o presidente só esqueceu de dizer aos seus seguidores que o Centrão, apontado como a origem de todo os males do seu governo, é formado por partidos aos quais Bolsonaro mesmo foi filiado por mais de 20 anos.

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