A Ordem dos Advogados do Brasil e o Instituto Vladimir Herzog denunciarão o governo de Jair Bolsonaro na ONU por retrocessos à democracia e por fazer apologia à ditadura. O ato inédito ocorrerá na próxima terça-feira, numa intervenção diante do Conselho de Direitos Humanos da instituição, segundo informou o jornalista Jamil Chade, no UOL. A iniciativa é motivada pelo ataque de Bolsonaro à ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, com apoio explícito à ditadura do general Augusto Pinochet, além de outros abusos anteriores.
No Senado Federal, o líder do PT, Humberto Costa (PE), condenou, veementemente, os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, e à memória do pai dela, general Alberto Bachelet, morto pela sanguinária ditadura militar de Augusto Pinochet. Da tribuna da Casa, o líder petista afirmou que Bolsonaro mostra que é indigno para o cargo e envergonha o Brasil com a sua postura absolutamente atentatória à dignidade humana.
“Bolsonaro não tem compostura, respeito, humanidade e condição de representar o espírito do povo. O brasileiro não defende tortura, não critica a memória dos que se foram e não aceita ser representado por alguém dessa estatura moral diminuída que tem o presidente da República”, declarou. Humberto disse que os brasileiros estão constrangidos por essas declarações contra a memória alheia e a favor de ditaduras. “Em nome do PT e do Brasil, peço sinceras desculpas ao povo chileno pelos ataques”, comentou.
Com Assessoria do Gabinete do Senado Humberto Costa e UOL.