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Bolsonaro tenta fugir de seu fracasso na economia

Presidente volta a jogar culpa nos cuidados da pandemia para se esquivar de culpa por desemprego, empobrecimento e fome
Bolsonaro tenta fugir de seu fracasso na economia

Foto: Roberto Parizotti

Diante do desastre socioeconômico, Bolsonaro novamente tenta escapara da responsabilidade atacando  os cuidados com a pandemia como o “fique em casa”. Mas a verdade é que países que seguiram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) recuperaram mais rapidamente a atividade econômica do que os marcados pela omissão e sabotagem do próprio chefe de Estado, como o Brasil.

Esses países ocuparam as primeiras posições do ranking do crescimento econômico elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating no início de 2021. Na passagem de 2020 para 2021, o Brasil perdeu sete posições, caindo para o 19º lugar numa lista de 50 economias. E teria caído mais, não fosse a alta do preço das commodities, que, em contrapartida, está na origem da atual inflação de dois dígitos.

Bolsonaro atentou contra os fatos no Congresso do Mercado Global de Carbono, na última quinta-feira (19). “Talvez, digo talvez, (eu fui) o único chefe de Estado do mundo que não aceitou o ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’. Lamentavelmente, a condução da pandemia foi tirada da minha mesa presidencial”, afirmou o homem que brigou com governadores e o Supremo Tribunal Federal (STF) em vez de governar.

A atitude de Bolsonaro custa caro ao país. O Brasil registrou proporcionalmente mais mortes por Covid-19 em 2020 do que 89,3% dos demais 178 países analisados pela OMS. O risco de morrer de Covid-19 foi 3,6 vezes maior que a média mundial no Brasil, que seguiu o padrão comum aos países que registraram mais mortes pela doença no início da pandemia e também tiveram os mercados de trabalho mais prejudicados.

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