Braga: “Não é papel desta comissão servir de palco”

Braga: “Não é papel desta comissão servir de palco”

CCJ derruba requerimento para ouvir delegado Romeu Tuma.

“Não é papel desta comissão servir de palco
para tornar celebridade gente quer não
cumpriu seu dever de ofício”

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou, nesta quarta-feira (11), o requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que pretendia trazer ao colegiado o delegado da Polícia Federal, Romeu Tuma Júnior, autor de denúncias sobre uma suposta “fábrica de dossiês” no Governo Federal. “Não é papel desta comissão servir de palco para tornar celebridade gente quer não cumpriu seu dever de ofício, que era o de prender bandidos”, fuzilou o líder do Governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que encaminhou contra a convocação de Tuma.

O requerimento de Dias fundamentado na reportagem publicada na revista Veja desta semana, na qual Tuma Júnior — secretário nacional de Justiça entre 2007 e 2010 e afastado do cargo por sua amizade e suposta associação com um chefe contrabandista chinês — apresenta uma série de supostos “fatos” que teria presenciado e que incriminariam membros do PT. O mais pitoresco seria a “colaboração” do ex-presidente Lula com os órgãos da repressão, durante a ditadura em 1980, coisa que Tuma teria “presenciado” na condição  “investigador de polícia”, embora, na época citada, ele tivesse apenas 16 anos.

Em defesa da aprovação do requerimento de Álvaro Dias, seu colega de bancada, Aloysio Nunes Ferreira (SP) — citado pelo ex-diretor da Siemens Everton Reinheimer no caso do chamado “propinoduto tucano” — alegou a necessidade de o Senado apurar a origem de uma série de denúncias contra integrantes da oposição. Foi rebatido por Eduardo Braga: “Que a Polícia Federal e o Ministério Público investiguem. São essas as instituições com a atribuição de lidar com essas questões”.

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