Enquanto países europeus anunciam aumento dos impostos e cortes orçamentários que afetam diretamente as conquistas sociais, o Brasil pode comemorar um de seus principais cartões de visita: conseguiu cumprir em oito anos a meta do milênio estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) de reduziu a pobreza pela metade. Entre 2003, primeiro ano do mandato do ex-presidente Lula e 2011, início da gestão da presidenta Dilma, a taxa de pobreza no País caiu 54% e a expectativa é que atinja 70% até 2014.
De acordo com a 16ª edição do relatório do Ministério da Fazenda, “Economia Brasileira em Perspectiva”, divulgada no final de agosto, a queda da taxa de pobreza vai atingir 70% em meados de 2014, seja pela ação dos programas sociais inclusivos, seja pelo crescimento de oportunidades no mercado de trabalho para jovens.
O crescimento da economia tem impulsionado o aumento na quantidade de vagas para jovens que conseguem o primeiro emprego. Além de maior oferta de vagas, nota-se que o jovem ingressa no mercado de trabalho com uma melhoria na educação. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em 1996 cerca de 1,7 milhão de trabalhadores jovens ingressaram no mercado de trabalho. Desse total, 17,2% tinham pelo menos o nível médio completo. Pelo levantamento recente, referente aos últimos doze meses terminados em julho deste ano, o número de jovens que ingressou no mercado de trabalho foi de 2,9 milhões, sendo que 54,5% tinham pelo menos o nível médio completo. Dá para notar que melhora, a cada dia, o nível educacional do jovem trabalhador.
Segundo o relatório do Ministério da Fazenda, um dos fatores que contribui para a redução da desigualdade de renda e a melhoria da produtividade é o aumento da qualificação profissional. Entre 2003 e 2012, subiu de 15% para 25% o total da população em idade ativa com algum tipo de qualificação profissional e uma outra porta de inclusão é o Pronatec, programa de qualificação de mão de obra que atenderá oito milhões de trabalhadores até 2014. Até lá, também serão construídas cerca de 400 escolas técnicas.
Portanto, o conjunto de ações tem por objetivo o bem comum da sociedade. Primeiro vem a erradicação da pobreza. Em seguida, o governo cria condições para que esses brasileiros incluídos na sociedade tenham a chance de se preparar para ingressar no mercado de trabalho. Na outra ponta, o governo cria condições para que as indústrias busquem aumentar a sua competitividade ao ter acesso a políticas que incentivam a inovação tecnológica. Para melhorar e reaquecer a economia, como mostra o relatório “Economia brasileira em perspectiva”, as medidas de desoneração já surtem efeito positivo e os programas de investimento em infraestrutura na área de rodovias e de ferrovias ou até mesmo o plano que reduzirá o custo das tarifas de energia elétrica favorecerá as duas pontas pelas perspectivas positivas que se abrem principalmente para aqueles que vislumbram a oportunidade de ter uma vida digna, com emprego, uma casinha e uma renda para sustentar a família.
Meta superada
Atingir essa bem meta antes do prazo deve ser atribuída à decisão política do governo Dilma atacar esse problema que foi iniciado por Lula quando lançou o programa Bolsa Família. Exatamente no dia das mães do ano passado, foi a vez de a presidenta Dilma ampliar a abrangência desse programa ao lançar o Brasil Carinhoso, que prevê a distribuição de R$ 70,00 para as famílias que têm filhos de zero a seis anos e encontram-se totalmente descobertas por qualquer programa social.
O Programa Bolsa família que a cada dia é reconhecido internacionalmente por conferir resultados práticos no combate à pobreza, já atende cerca de 13 milhões de famílias e no rumo para erradicar a miséria absoluta, o programa Brasil Carinhoso beneficiará 2,7 milhões de crianças.
Marcello Antunes
Confira relatório do Ministério da Fazenda – “Economia Brasileira em Perspectiva”
