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Produção no mar responde por 97,6% do petróleo extraído no país
No mês de junho, o Brasil registrou o maior volume da história na produção de petróleo e gás natural: 4,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O resultado engloba o que foi extraído do pré-sal, do pós-sal e dos poços em terra. Os dados foram divulgados no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
O petróleo foi o responsável pela maior parte dessa produção, com 3,757 milhões de barris por dia, um aumento de 10,1% em relação a junho do ano passado. Já o volume de gás natural chegou a 181 milhões de metros cúbicos por dia, o maior já registrado, com alta de 20,9% na comparação com o mesmo período de 2024. É o terceiro mês consecutivo de recordes no setor.
O pré-sal foi novamente o destaque: a camada respondeu por quase 79% da produção total no mês. De 162 poços, foram extraídos 3,86 milhões de barris de óleo equivalente por dia, com destaque para o Campo de Tupi, na Bacia de Santos, e para a plataforma FPSO Guanabara, no Campo de Mero.
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Produção concentrada no mar e liderança da Petrobras
Atuando sozinha ou em consórcio, a Petrobras foi responsável por quase 90% do total produzido em junho. No geral, a produção nacional veio de 6.555 poços, sendo a maior parte em terra, embora os maiores volumes tenham vindo de operações no mar. Os campos marítimos responderam por 97,6% do petróleo e 85,3% do gás natural extraído.
A queima de gás natural — prática utilizada em algumas fases da operação — aumentou e chegou a 6 milhões de metros cúbicos por dia. Mesmo assim, o índice de aproveitamento ficou alto, em 96,7%.
O bom desempenho do setor reflete investimentos em tecnologia, a entrada de novas plataformas e a expansão da malha de transporte. A produção de gás natural, em especial, tem papel importante na transição energética, por emitir menos poluentes do que outros combustíveis fósseis. Além disso, fortalece a competitividade da indústria e ajuda a ampliar o mercado interno de energia.
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Com novos sistemas de produção em fase de comissionamento e o aumento da demanda por gás, as perspectivas para o segundo semestre são positivas. O Brasil segue batendo recordes, impulsionado pelo pré-sal, pelas operações offshore e pela competência técnica desenvolvida nos últimos anos.