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Brasil cria 432 mil empregos formais em fevereiro

Caged revela que país mantém ritmo de crescimento do mercado de trabalho, apesar dos juros altos, com saldo positivo em 26 unidades da federação

Roberta Aline/MDS

Brasil cria 432 mil empregos formais em fevereiro

País segue gerando empregos formais em ritmo acelerado

O Brasil segue em ritmo acelerado de geração de empregos formais, conforme revelam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, divulgados nesta sexta-feira (28/3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo positivo de 431.995 novos postos de trabalho, resultado de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos, representa a maior variação absoluta e uma das maiores relativas da série histórica.

Os números mostram que o crescimento do emprego formal foi impulsionado pelo desempenho positivo em todos os cinco grandes setores da economia. Serviços liderou a geração de vagas, com a criação de 254.812 postos de trabalho, alta de 1,10%. A indústria também apresentou bons resultados, adicionando 69.884 empregos formais (+0,78%), seguida por comércio, com 46.587 novas vagas (+0,44%),  construção civil, com 40.871 (+1,41%), e agropecuária, com 19.842 (+1,08%).

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), celebrou os números e atribuiu o resultado às escolhas do presidente Lula na área econômica.

“Isso é fruto de um governo que valoriza o trabalhador, impulsiona o crescimento, investe na indústria nacional e garante oportunidades para todos”, elencou o senador.

O ótimo resultado ocorre apesar das taxas de juros elevadas. Com a taxa Selic fixada em 14,25% ao ano, o crédito mais caro tende a dificultar investimentos e desacelerar a economia. Ainda assim, o Brasil mantém um ritmo sólido de geração de empregos, provando a resiliência do mercado de trabalho e a eficácia das políticas implementadas pelo governo Lula.

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Crescimento por todo o país

Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação registraram saldos positivos, com destaque para São Paulo (+137.581), Minas Gerais (+52.603) e Paraná (+39.176). O único estado com desempenho negativo foi Alagoas, que teve redução de 5.471 postos. Goiás (1,3%), Tocantins (1,25%) e Mato Grosso do Sul (1,24%) lideram em variação proporcional de crescimento do emprego formal.

Outro aspecto relevante do levantamento é a composição dos postos criados. Do total, 75,7% são considerados empregos típicos, enquanto 24,3% estão distribuídos entre jornadas reduzidas (30 horas ou menos), contratos de aprendizagem e vínculos por meio do Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF).

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Desempenho recorde

No acumulado dos últimos 12 meses, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, o saldo de empregos formais no país atingiu 1.782.761 vagas, superando o desempenho do período anterior (março de 2023 a fevereiro de 2024), que havia registrado 1.592.411 novos empregos.

Os dados reforçam a recuperação do mercado de trabalho, refletindo um cenário de estabilidade econômica e confiança empresarial. A trajetória de crescimento do emprego formal também indica que as políticas de estímulo à geração de vagas e ao fortalecimento da economia interna têm surtido efeito, criando oportunidades para trabalhadoras e trabalhadores de diferentes setores e regiões do país.

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