A visita do presidente Lula à China, marcada para ocorrer entre 26 e 31 de março, ganhou destaque no prestigiado diário chinês Global Times, em reportagem publicada na sexta-feira domingo (17). Com a manchete “Em meio à turbulência global, Lula visita a China para melhorar laços econômicos”, a reportagem destaca que a cooperação entre os dois países ajudará a restaurar a confiança da comunidade internacional na recuperação econômica global no pós-pandemia. O diário observa ainda que a volta “triunfal” do “velho amigo da China” após as eleições recuperou as relações entre os países, desgastadas após a gestão de Jair Bolsonaro.
“O retorno triunfal de Lula à Presidência colocou as relações China-Brasil no caminho certo após certo revés por causa do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o diretor-executivo do Centro Jurídico da Região da América Latina e do Caribe da Universidade de Ciência Política e Direito da China, Pan Deng, ao Global Times. “Prevê-se que as relações bilaterais entre os dois países serão fortalecidas, rompendo obstáculos e trilhando um caminho mais brilhante”, observou Deng.
“As relações e o impulso da economia são de grande importância para remodelar e aumentar a confiança na ordem econômica internacional como um todo na era pós-pandêmica”, confirmou Deng.
BRICS e paz mundial
“Espera-se que a confiança mútua entre a China e o Brasil na cooperação bilateral no âmbito do bloco de mercados emergentes BRICS, bem como na cooperação em economia e comércio, proteção ambiental, economia verde e outros campos, seja levada a outro patamar, disseram especialistas”, destacou o Global Times.
Ainda de acordo com Pan Deng, o Brasil é uma nação responsável e uma “potência em ascensão que compartilha objetivos comuns, uma fase de desenvolvimento semelhante e uma estrutura econômica complementar com a China”.
A reportagem aponta ainda o papel dos dois países nos esforços pela paz mundial. “Como defensores do multilateralismo, um relacionamento bilateral melhor e mais profundo entre China e Brasil certamente contribuirá para a paz e a justiça da ordem internacional”, destaca o jornal chinês.