A presidenta Dilma Rousseff debateu transparência e políticas sociais com a jornalista e ativista iemenita Tawakkol Karman, ganhadora do Nobel da Paz 2011 por sua militância pela democracia e pela liberdade de expressão em seu país. Para Karman, o Brasil pode ajudar o Iêmen em questões como segurança alimentar e na reconstrução da rede de proteção social do Iêmen. “Três aspectos são muito importantes para nós, que é tentar recriar a rede de proteção social que existe no Brasil, conseguir bolsas de estudos para jovens iemenitas e o terceiro é a segurança alimentar, que nós sabemos que aqui é um exemplo. A gente gostaria que isso fosse feito no Iêmen”, afirmou a ativista.
Dilma recebeu Tawakkol Karman no Palácio do Planalto, na última quarta-feira (7/11). Ela está no Brasil para a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC), que vai até sábado (10/11), em Brasília.
Tawakkol Karman é a mais conhecida liderança do movimento pela democracia deflagrado no Iêmen, em 2011, na esteira da chamada Primavera Árabe. Nascida em 1979, é a mais jovem ganhadora de um Prêmio Nobel. Ativista de direitos humanos e dirigente do partido Al-Islah, é uma das principais líderes da oposição ao regime do presidente Ali Abdullah Saleh. É fundadora e dirigente o grupo Mulheres Jornalistas sem Correntes.
Karman elogiou a divulgação de gastos do governo federal na internet, mas defendeu que estados e municípios façam o mesmo. Para a ativista, o modelo brasileiro de transparência pode ser adotado no Iêmen. “Aprecio muito o esforço brasileiro no combate à corrupção. Acredito que o Brasil terá sucesso nessa luta e poderá depois ajudar nosso país a levantar a nossa economia”, afirmou.
Com informações do Blog do Planalto