Brasil foi feliz ao ‘nadar contra corrente’ na economia, afirma Dilma

PIB crescerá porque é ‘essencial’ para a melhoria de vida dos brasileiros, disse a presidenta

A presidente Dilma Rousseff posa para foto
com sertanejos durante visita à obra do
Canal do Sertão Alagoano

A presidenta Dilma Rousseff ressaltou nesta terça-feira (12) a política econômica posta em prática por sua gestão para enfrentar a crise financeira internacional. Dilma afirmou que o Governo nadou contra a corrente internacional e foi “muito feliz” ao reduzir os juros e atingir as menores taxas de desemprego da história. Dilma afirmou que o Governo está empenhado em melhorar as condições de produção e reforçou que o País vai crescer.  O PIB vai crescer “porque isso é essencial” e não porque “achamos bonito falar que o PIB cresceu”. “O Brasil está tomando uma série de medidas para melhorar a produção. Nós queremos que o Brasil cresça e quero assegurar que o Brasil vai crescer. Mas vai crescer não porque achamos bonito falar que o PIB cresceu. Vai crescer porque isso é essencial para a melhoria de vida de cada brasileiro, de cada brasileira”, afirmou.

Foi a primeira vez que a presidente falou publicamente sobre o assunto desde o último dia 1º, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o crescimento da economia em 2012 foi de 0,9%, abaixo da previsão do Governo. A presidente participou, em Água Branca (AL), de cerimônia de entrega de um trecho de 65 km do Canal do Sertão, projeto de R$ 3 bilhões que visa o abastecimento de água no semiárido alagoano.

De acordo com Dilma, a desoneração dos itens da cesta básica, anunciada na semana passada, ajudará no combate à inflação e elevará a renda dos assalariados. Segundo ela, no entanto, o governo e a população precisam querer mais e, nesse sentido, foram tomadas as medidas de diminuição das taxas de juros e redução de impostos.  A 304 quilômetros de Maceió, Dilma disse que o país tem uma capacidade de resistência que o diferencia dos outros nos momentos. “Um país que tem um povo com a capacidade de resistir ao sertão, tendo água, oportunidades, universidades, escolas, rodovias, portos, é um país invencível”.

A presidente disse ainda que a economia do país “é forte”. “Mas temos – como quando você conseguiu comprar sua casa, todo mundo quer dar uma melhoradinha nela – nós temos de querer melhorar nosso País”, afirmou.

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O empreendimento visa levar água a mais
de um milhão de pessoas de 42 cidades

O Canal do Sertão Alagoano é uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) orçada em R$ 1 bilhão, segundo informou o Ministério da Integração. O empreendimento visa levar água a mais de um milhão de pessoas de 42 cidades.

Ainda conforme o ministério, os 65 quilômetros concluídos do canal já distribui água para consumo humano, animal e atividade agrícola aos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca. A extensão total do canal, quando concluído, será de 250 quilômetros. Durante a cerimônia, Dilma assinou autorização para aporte de mais R$ 5 milhões para dar continuidade à obra, com a construção do terceiro e do quarto trechos. Segundo a presidente, a extensão chegará a 122 km.

“Nós iremos sistematicamente fazendo mais trechos. Esses agora [trechos 3 e 4] estamos assegurando e garantindo. O dinheiro está previsto no PAC e, sem dúvida, essa obra, como diz o governador, vai ‘desembestar’ daqui para frente”, afirmou durante discurso.

“Nós temos todo o interesse, primeiro de fazer obras como essa, porque permitem uma coisa extraordinária, que é enfrentar a seca. Não temos como impedir que a seca ocorra, mas temos como impedir que ela nos atinja. Essa obra vai durar anos e anos a fio e vai permitir que possamos enfrentar a seca de forma eficiente”, declarou Dilma.

Com informações de agências onlines

Fotos: Presidência da República

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