Brasil investe R$162 milhões em navio de pesquisas

Croqui do terceiro navio oceanográfico brasileiro, que está em construção

Equipamento irá investigar a Amazônia Azul 

Um investimento de R$ 162 milhões vai garantir ao Brasil um navio oceanográfico que está entre as cinco melhores plataformas de pesquisa do mundo. A embarcação vai ampliar a infraestrutura embarcada existente no País, a geração de conhecimento e a formação de recursos humanos sobre o ambiente marinho na região do Atlântico Sul e Tropical. O país passará a contar com três navios oceanográficos de grande porte. O resultado esperado são avanços nas áreas de Química, Geologia, Biologia e Física Marinha.

O navio de pesquisa hidroceanográfico será equipado com o que há de mais avançado em tecnologia de experimentação marinha, de acordo com a coordenadora-geral de Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Janice Trotte Duhá. O foco das pesquisas é a chamada Amazônia Azul, como é conhecida a zona econômica exclusiva do mar brasileiro, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados. “A ênfase será nos trabalhos de levantamento de recursos minerais e bioprospecção em águas sob jurisdição brasileira”, completou.

Cooperação
A aquisição da embarcação integra um acordo de cooperação assinado na segunda-feira (22/10) entre os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Defesa/Marinha do Brasil, a Petrobras e a Vale. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai repassar a parte dos recursos que cabe ao MCTI, num total de R$ 27 milhões, que é a mesma quantia a ser aportada pela Marinha. A Vale entrará com R$ 38 milhões e a Petrobras, com R$ 70 milhões. O navio está em construção na cidade-estado de Cingapura. 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, explica o interesse das empresas em investir no navio em função das possíveis novas descobertas de metais preciosos a serem explorados no leito do oceano, uma possibilidade de nova fronteira econômica. “As empresas também reconhecem que sem ciência e tecnologia não têm futuro e, por isso, estão investindo. Várias empresas estão buscando minérios no fundo do mar e o mesmo querem fazer aqui. Temos que ter meios de reconhecer [as potencialidades] para ter capacidade regulatória de como utilizar esses recursos”, diz Raupp.

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