Brasil mostra que tem sólidos fundamentos econômicos

Delcídio lembra que, no passado, Brasil vivia crise sistêmica, mas que, agora, País está “blindado”.


Delcídio lembra que, no passado, Brasil vivia crise
sistêmica, mas que, agora, País está “blindado”
(Agência Senado)

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) apresentou hoje críticas ao movimento de “manada” de alguns analistas econômicos que questionam, sistematicamente, o momento econômico pelo qual o Brasil atravessa, como se, na verdade, estivesse encontrando dificuldades para atrair investimentos. “Algumas pessoas apostam em dias ruins. Mas não é essa a minha leitura, porque os fundamentos da economia brasileira são sólidos. Temos reservas cambiais acima de US$ 370 bilhões e o País está ‘blindado’ para enfrentar as dificuldades, que outros governos enfrentaram quando crises afetaram fortemente a economia nacional”, afirmou o senador, em seu pronunciamento da tribuna do Senado na tarde desta quarta-feira (26).

Delcídio lembrou que o Brasil viveu momentos de crise sistêmica, desde que implantou o câmbio fixo, da vulnerabilidade que tinha diante do Fundo Monetário Internacional (FMI) e das dúvidas que pairavam sobre o futuro, principalmente nos começo da implantação do Plano Real. “Acontece que o presidente Lula, quando assumiu em 2003, encontrou um País de inflação elevada e avaliações pessimistas sobre sua condução. Mas ele teve a competência de levar o Brasil para um lugar de ponta no cenário internacional”, disse ele, ao reafirmar sua certeza de que o País marcha no rumo certo.

O senador reconheceu que a economia não tem crescido como esperava, mas no concerto de nações, onde países desenvolvidos tentam se recuperar, o Brasil faz a lição de casa e apresenta um corte vigoroso nos gastos públicos. “E isso acontece num ano atípico, num ano eleitoral. Portanto, ao contrário do que algumas pessoas diziam, de que o Brasil não tomaria medidas para reduzir gastos, o anúncio feito pelo governo já colheu reflexos positivos no mercado financeiro. Basta ver o impacto no câmbio, pois as cotações caíram. Desta forma, estamos caminhando para patamares compatíveis dentro do que os economistas do governo projetam”, observou.

Petrobras
Delcídio também comentou sobre o resultado financeiro da Petrobras, divulgado ontem e que mostrou um lucro líquido de mais de R$ 23 bilhões, 11% acima do obtido pela empresa no ano passado. “Esse resultado mostra a competência dos técnicos da empresa e a boa gestão da presidenta Graça Foster”, disse ele.

O senador enfatizou, ainda, o anúncio de produção recorde na produção de petróleo na camada do pré-sal, que atingiu 400 mil barris de óleo por dia. Esse volume de produção, segundo Delcídio, ocorreu num curto período de tempo, ainda mais quando comparado ao ritmo de produção de outras petrolíferas. Algumas delas, que operam no Golfo do México, por exemplo, levaram 12, 16 anos para atingir essa produção e ainda na camada pós-sal.

Ao elogiar a estratégia da Petrobras de criar uma nova fórmula para formação de preços da gasolina e do diesel no País, por meio de uma cesta de cotações do barril de petróleo, ele afirmou será possível compensar perdas entre os preços internacionais e os praticados no mercado interno. “Todos nós sabemos que a Petrobras vinha sofrendo com a diferença de preços da gasolina e isso tende a diminuir com essa nova fórmula”, explicou.

Sobre a área de gás e energia, também objeto de críticas apressadas de alguns analistas, o senador destacou o desempenho da Petrobras no envio de 31 milhões de metros cúbicos de gás. “Muita gente dizia que não havia mercado para o gasoduto Brasil-Bolívia e hoje o volume é expressivo, sendo que em breve vai alimentar a fábrica de fertilizantes da empresa em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul”, observou. Antes de encerrar seu discurso, o senador também minimizou as declarações negativas à atuação dos médicos cubanos no Programa Mais Médicos. “Eles estão fazendo um trabalho excepcional no Mato Grosso do Sul. São bem recebidos e os prefeitos, basta consultá-los, estão contentes com esse programa. Portanto, temos desafios, muito trabalho, mas estamos no caminho certo, com serenidade, bom senso e equilíbrio público para construir o Brasil de todos nós”, finalizou.

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