Entre 156 países, o Brasil ocupa a 72ª posição no Índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular (Itic) de Inclusão Digital. Divulgado hoje (31) pela primeira vez, o indicador mostra que 51,25% da população brasileira têm acesso ao computador, à internet, ao celular e ao telefone fixo, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Fundação Telefônica/Vivo, com base em dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Gallup.
De acordo com a pesquisa, a média mundial de acesso à conectividade é 49,1%. O país com maior indicador é a Suécia (95,8%), seguido pela Islândia e Cingapura, empatadas com 95,5%. Nas últimas colocações da lista, estão a Etiópia (8,25%), República Centro-Africana (5,5%) e Burundi (5,75%), todos no Continente Africano.
Na América Latina, Venezuela (62%) tem o maior índice de acesso às tecnologias da informação, seguida pelo Chile e Uruguai, ambos com 55%. Na Argentina e na Colômbia, os percentuais são 54% e 51% respectivamente, acima do indicador brasileiro.
Na avaliação do economista da FGV e responsável pela pesquisa, Marcelo Neri, o Brasil está no meio do caminho em termos de inclusão digital. “O Brasil é um copo meio cheio ou meio vazio, depende da maneira como se vê”, disse, durante a divulgação dos dados. Para ele, nos próximos anos, o acesso ao telefone celular será decisivo.
A pesquisa também avaliou a inclusão digital entre os municípios brasileiros. Das mais de 5 mil cidades listadas no Censo
Segundo Marcelo Neri, as cinco cidades apresentam melhores condições socioeconômicas são melhores, facilitando o acesso ao mercado digital. “Uma condição necessária para usar internet é um grau de educação que camadas pobres ainda não dispõem. É preciso acelerar [a inserção] por meio de plataformas como o celular, que as pessoas já usam”, sugeriu.
São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ocupam a 19ª, 20ª e a 21ª posições no ranking nacional, respectivamente.
Neri destacou a conectividade em comunidades pobres do Rio de Janeiro, com indicadores próximos à média nacional. São elas: Complexo do Alemão (50,8%), Jacarezinho (54,5%), Maré (55,9%) e Rocinha (57,5%). O pesquisador disse que os dados foram coletados pelo IBGE, assim não é possível comprovar se os serviços são ou não pagos nessas regiões.
Agência Brasil