Brasil pede que países se unam para evitar agravamento da crise

Governo brasileiro fará todo o possível para que a crise tenha uma solução menos dolorosa e mais rápida, disse Dilma na Bulgária

Ao discursar na tarde desta quarta-feira (5), no Fórum Empresarial Brasil-Bulgária, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a crise financeira atual, que encontra maior irradiação na Grécia, requer uma atitude articulada de todos os países e reiterou que o governo brasileiro “fará todo o possível para que a crise tenha uma solução menos dolorosa e mais rápida”. Ela destacou que o Brasil, ainda que não imune aos efeitos de um eventual agravamento, tem resistido à crise, amparado no fortalecimento do mercado doméstico, na expansão do emprego, da renda e do consumo, na expansão dos investimentos sociais, e em infraestrutura na indústria e na agricultura.

“Apostamos também em marcos regulatórios para o sistema financeiro e bancário brasileiro bastante robustos, com grandes exigências de capital para os nossos bancos. Também construímos um processo fiscal de consolidação, buscando sempre diminuir a nossa relação de endividamento sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Nós não estamos imunes ao aprofundamento da crise, mas trabalhamos com esforço e discernimento para manter esses fundamentos macroeconômicos, e, ao mesmo tempo, não comprometer as políticas de crescimento e de inclusão social, que são a principal defesa e razão do nosso sucesso”, reafirmou.

Dilma Rousseff destacou a importância da União Europeia no cenário econômico internacional, incluindo os países que não são da Zona do Euro, e disse que o Brasil vê na Bulgária uma porta de entrada para trocas comerciais com o continente. “O Brasil será uma opção segura para produtos e serviços búlgaros, caso sejam afetados pela redução das demandas de parceiros tradicionais”, frisou.

A presidenta ponderou que o comércio bilateral entre Brasil e Bulgária está muito aquém do seu potencial, demonstrando queda após uma década de crescimento, e destacou como promissoras as áreas de aviação civil, energia nuclear para fins pacífico, transportes e fertilizantes. Na visão de Dilma, uma das alternativas para recuperar o crescimento e garantir que a crise não afete a balança comercial entre os dois países é fazer com que Brasil e Bulgária sejam opções para estreitar o comércio entre Mercosul e União Europeia.

“Nós podemos mostrar que os processos de integração regional de que participamos – a Bulgária, na União Europeia; o Brasil, no Mercosul – nos permitem explorar possibilidades verdadeiramente criativas para a integração produtiva entre nossos países e nossas regiões. O Brasil é uma porta de entrada da Bulgária no Mercosul, e a Bulgária pode ser uma das portas de entrada do Brasil na União Europeia.”

Blog do Planalto

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