Desmonte da Petrobras

Brasil pode sofrer com desabastecimento de diesel

Petroleiros avisam que óleo pode faltar no segundo semestre, em plena safra de grãos. Desmonte do refino, aponta líder da entidade, é causa da dependência de importações
Brasil pode sofrer com desabastecimento de diesel

Foto: Agência PT

Bolsonaro não para de dar demonstrações do seu fracasso na gestão da Petrobras. Agora o risco para a população é de um desabastecimento real e iminente de diesel no mercado brasileiro. O alerta é da Federação Única dos Petroleiros (FUP). A entidade publicou nota em seu site avisando que o país pode ficar sem o óleo no início do segundo semestre deste ano.

Os motivos do desabastecimento, aponta a FUP, serão a prevista escassez de oferta no mercado internacional e o baixo nível dos estoques mundiais, agravados após as sanções lideradas pelos Estados Unidos contra a Rússia devido ao conflito no Leste Europeu. Os mesmos citados no documento ‘Combustíveis: desafios e soluções’, que Ferreira Coelho teria mostrado a Jair Bolsonaro como justificativa para não congelar os preços do óleo.

“Se não houver sinal de preços de mercado à frente, há risco material de desabastecimento de diesel no pico de demanda da safra, afetando o PIB do Brasil”, prevê o documento da Petrobras, ao qual a agência inglesa Reuters teve acesso, de Houston, Texas (EUA). A estatal lembrou que a demanda pelo diesel tende a aumentar a partir de junho/julho, com a entrada da safra agrícola destinada à exportação.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar afirma que essa ameaça de desabastecimento de diesel no mercado doméstico, a menos de cinco meses das eleições presidenciais, levou Bolsonaro ao desespero e se tornou o pano fundo da quarta troca de presidente da Petrobras em sua “gestão”. Também motivou o balão de ensaio da proposta de congelamento de preço do produto por 100 dias, numa tentativa eleitoreira de evitar maiores explosões da inflação.

É mais uma cortina de fumaça criada por Bolsonaro, que não muda ou abandona a política de preço de paridade de importação (PPI) porque não quer”, prossegue o líder da FUP. “O PPI não é lei; é decisão do Executivo. A questão central é que o governo não quer arranjar briga – nem com o mercado, nem com os acionistas privados que, com o atual modelo, têm a garantia de dividendos espetaculares”.

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