Durante seminário
As ações de superação da pobreza, com políticas públicas para quebrar o ciclo de exclusão social, são o exemplo que o Brasil oferece ao mundo para reduzir as desigualdades sociais e promover o bem-estar das populações. A tese foi defendida, na última sexta-feira (23),
“O projeto nacional do nosso país é de desenvolvimento com inclusão social e não dá mais para pensar em crescimento deixando de fora uma grande parcela da população que mais precisa dos serviços públicos”, afirmou Tereza Campello. A ministra foi palestrante do tema Tecnologia Social: Modelo para o Desenvolvimento Inclusivo. O seminário discutiu a contribuição do Brasil na elaboração das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são complementares aos Objetivos do Milênio da Organização das Nações Unidas.
Tereza Campello falou sobre as soluções inovadoras que o Brasil vem adotando para aliar desenvolvimento e sustentabilidade à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Exemplos como o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Programa Água para Todos foram citados pela ministra como alternativas eficazes, que furam o bloqueio histórico de exclusão social que sempre marcou o país.
“Conseguimos inovar muito e exportamos tecnologias sociais para outros países”, ressaltou a ministra. Ela lembrou que um em cada quatro brasileiros recebe o Bolsa Família, e que o programa de transferência de renda mudou a realidade do Brasil.
Durante o seminário, Tereza Campello destacou ainda o Programa Cisternas do governo federal, como exemplo de tecnologia social simples que se mostra efetiva por aproveitar o saber fazer da população. “Nossa meta é universalizar o acesso à água pelo uso de cisternas até o fim do mandato da presidenta Dilma”, afirmou a ministra. Segundo ela, a tecnologia das cisternas, além de barata e eficiente, traz vantagens ambientais, sociais e econômicas. Desde o governo Lula, já foram entregues mais de 600 mil cisternas de placas à população e, no governo da presidenta Dilma, pontuou a ministra, foram entregues 278 mil cisternas. “Pretendemos entregar mais 56 mil à população até o final de
Além da água, disse a ministra, o governo federal também está levando energia para comunidades rurais que viviam em condições precárias. Ela pontuou outras iniciativas do governo que estão fazendo a diferença no Brasil, como os programas de microcrédito, o fortalecimento da agricultura familiar e a qualificação profissional, por meio do Pronatec. “O fim da miséria é só o começo”, afirmou a ministra. “Temos muito ainda para fazer.”
O evento – que integra a série Diálogos Capitais, da revista Carta Capital – também teve a participação do ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, além de especialistas e executivos de companhias nacionais e multinacionais.
Novas metas – O seminário buscou aprofundar as discussões iniciadas durante a Conferência Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro. Os ODS deverão orientar os países na obtenção de resultados específicos, estabelecendo novas metas como, por exemplo, acesso universal à energia sustentável e água limpa para todos. O documento final da Conferência, intitulado O Futuro que Queremos, também estabelece que os ODS sejam integrados à agenda de desenvolvimento das Nações Unidas pós-2015.
MDS