Diversidade

Brasil terá mais atletas mulheres pela primeira vez nas Olimpíadas

O país, que participa dos Jogos Olímpicos desde 1920, terá 153 brasileiras, 8% a mais que o registrado na última edição da competição, em Tóquio

COB

Brasil terá mais atletas mulheres pela primeira vez nas Olimpíadas

Na delegação brasileira, as atletas mulheres têm uma participação inédita de 55%

Após 104 anos participando dos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, o Brasil  terá as mulheres representando a maioria dos atletas que irão competir. É o que revela o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Dos 277 atletas classificados, 153 são mulheres e 124 homens, ou seja: 55% da delegação é composta por brasileiras, 8% a mais que o registrado na última edição dos Jogos, em Tóquio. Nossos atletas vão competir em 39 modalidades. 

O fato inédito de haver mais mulheres do que homens, evidencia os excelentes resultados que elas têm obtido nos esportes tanto nas modalidades coletivas, como o voleibol de quadra, quanto no individual, caso da skatista maranhense Rayssa Leal. 

Janja, que irá representar o presidente na abertura dos Jogos, destacou a importância da retomada do reajuste no Bolsa Atleta: “Eu vou estar lá com vocês na abertura, estou muito emocionada porque é uma valorização do trabalho de mulheres empreendedoras, assim como vocês, mulheres, jovens, os meninos que se aventuraram nessa coisa de você é atleta e hoje estão aí representando o Brasil, vão representar e vão dar muito orgulho para a gente.” 

Segundo a Agência Brasil, entre os fatores que contribuíram para mais atletas mulheres em Paris está a classificação em esportes coletivos, que detêm o maior número de vagas. As brasileiras disputarão as competições de futebol, vôlei, handebol e rugby. Já os homens só asseguram presença no vôlei e no basquete.

“Acredita-se que as mulheres podem contribuir de maneira significativa no rol das medalhas do Brasil. É possível elencar atletas com chance de medalha como Rebeca Andrade (Ginástica Artística), Ana Marcela Cunha (Águas Abertas), Beatriz Ferreira (Boxe), Martine e Kahena (Vela), Bia Haddad (Tênis de Quadra)”, afirma o  Ministério dos Esportes. 

Bolsa Atleta 

Além disso, há também o apoio do governo federal, por meio do Bolsa Atleta, que completou 20 anos. Durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (11), que marcou a celebração do programa, o presidente Lula anunciou o reajuste de 10,86% no benefício, e encontrou com os atletas que vão aos Jogos.

No grupo está a atleta Rafaela Silva, a primeira brasileira a se tornar campeã olímpica e mundial no Judô. A carioca é beneficiária do Bolsa Atleta há 15 anos, e destacou a importância do programa para a prática do esporte: 

“É muito importante para um atleta de alto rendimento você ter uma segurança, uma tranquilidade de poder se preparar, se dedicar só ao seu sonho, que no meu caso é treinar judô, porque eu sei que eu tenho a segurança de ter o meu Bolsa Atleta, o meu Bolsa Pódio lá todo mês na minha conta, que eu posso ajudar minha família, posso ajudar no meu material de trabalho. É com certeza um momento muito importante para o esporte brasileiro, não só para o judô, com esse reajuste no Bolsa Atleta”, disse Rafaela.

A lutadora prosseguiu: “Um passo importante, porque o judô brasileiro é o esporte que mais tem medalhas olímpicas no Brasil e a gente ainda não tem nenhuma estatal, então com certeza se a gente conseguir isso aí para frente vai incentivar ainda mais os atletas e a gente vai se dedicar muito mais do que a gente já vem se dedicando dentro do tatame e espero poder voltar de Paris com mais uma medalha para o Brasil.”

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