O governo Jair Bolsonaro prometeu, o ministro Paulo Guedes disse que libera, mas até agora, uma semana depois de ter sido aprovada pelo Congresso Nacional, não há nenhum sinal de prazo oficial de quando vai sair o dinheiro da Renda Básica Emergencial – o Seguro Quarentena – que assegura R$ 600 a trabalhadores informais, beneficiários do Bolsa Família e pessoas inscritas no Cadastro Único do governo federal. Líderes petistas cobram pressa do governo, que não parece ainda não saber o que fazer para fazer o dinheiro chegar na ponta.
“Enquanto o governo Bolsonaro é insensível e perverso com quem está passando fome, o mundo discute como distribuir dinheiro para todos”, disse a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). O Brasil já registra 7.910 casos de coronavírus confirmados, com 299 mortes registradas oficialmente. Em diversos países, governantes vêm anunciando medidas para minimizar o impacto da crise sanitária sobre a economia e as suas populações. “No Brasil, o governo está perdido e bate cabeça. O presidente todo dia diz que a pandemia é histeria”, criticou.
O líder da minoria no Congresso, deputado José Guimarães (PT-CE), também cobrou responsabilidade do presidente da República, que ontem anunciou a possibilidade de convocar um jejum nacional pelo fim do isolamento social. “Enquanto isso, a população espera o pagamento da renda mínima para não morrer de fome”, lamentou. “Não basta adotar um comportamento genocida, o presidente zomba dos brasileiros que precisam do amparo do Estado durante a quarentena”. Além de garantir renda, o dinheiro na mão do povo é importantes para fazer a roda da economia girar no momento de paralisia da atividade econômica.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do partido no Senado, disse que a burocracia não pode ser justificativa para dar início ao pagamento do dinheiro a quem precisa. “A Renda Básica aprovada pelo Congresso Nacional foi publicada no Diário Oficial da União. Agora o governo precisa dar início aos pagamentos o quanto antes”, cobrou o parlamentar.
O projeto de auxílio emergencial de R$ 600, que pode chegar a R$ 1.200 por família encabeçada por mulher, aprovado em tempo recorde pelo Congresso, foi sancionado por Jair Bolsonaro. O Senado aprovou, na quarta-feira (1º) a ampliação para mais categorias de informais e desempregados, e a matéria segue para aprovação na Câmara dos Deputados.
A renda emergencial básica será paga pelo governo federal por três meses, podendo ser prorrogada, caso se prolonguem as medidas de isolamento social para conter a expansão do coronavírus. O objetivo é garantir a renda de trabalhadores e trabalhadoras que ficaram sem rendimentos.