Índice mostra que média salarial na admissão cresceu 2,59% em 2013.
Mais de um milhão de empregos formais criados |
Mais de um milhão de empregos formais criados em 2013 e salários de contratação em média 2,59% mais altos. Ainda assim, o que os grandes jornais destacam, nesta quarta-feira (22), é que a evolução do emprego está menor. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nessa terça-feira (21) pelo Ministério do Trabalho mostram que o Brasil fechou o ano de 1,1 milhão de empregos formais. Foi registrada uma média de R$ 1.104,12 em 2013, quando em 2012 a média alcançou R$ 1.076,23.
O Caged aponta ainda que os últimos dez anos apresentaram um crescimento constante nos salários médios de admissão. De 2003, quando a média era R$ 772,58, até 2013, houve um aumento real de 42,91%. Ainda se observa, no entanto, uma diferença entre os salários de homens e mulheres. A média salarial, também de admissão, dos homens, ao final do ano passado, chegou a R$ 1.167,01. O salário médio das mulheres, no mesmo período, alcançou R$ 1.000,36.
Os dados de 2013 também mostram que a média salarial por admissão dos habitantes da Região Sudeste é a mais alta do país, com R$ 1.188,93. A Região Sul ficou em segundo lugar, com uma média de R$ 1.048,69. A Região Nordeste tem a menor média, com R$ 953,09. Em relação à média por estado, São Paulo (R$ 1.254,26) e Rio Janeiro (R$ 1.253,27) apresentam melhores valores do país.
Novos empregos
Ainda de acordo com o Caged, o Brasil criou 1.117.171 novas vagas formais de trabalho em 2013 na série com ajuste até novembro. Embora a série histórica do Caged mostre que a criação de novos empregos perdeu fôlego em comparação com 2003,o ministro do Trabalho, Manoel Dias, no entanto, não vê motivo para alarme.
Ele reconhece a ocorrência de “oscilações” na geração de empregos, mas mostra otimismo ao ver que esses números têm terminado cada ano em saldo positivo. “Tudo oscila, a economia oscila, é natural. O que nos importa é que, em uma média de 20 anos, estamos gerando mais de 1 milhão de empregos todo ano, um ano mais, um ano menos. O que importa é que estamos batendo quase o pleno emprego”.
Em dezembro do ano passado, ocorreu o fechamento líquido de 449.444 vagas. O saldo do ano — na série sem ajuste — ficou acima da média das projeções apurada pelo Valor Data, de 726,8 mil novas vagas em 2013.
Mais empregos
Dias ainda fez uma perspectiva mais otimista para 2014. Ele acredita que o Brasil pode fechar este ano com um saldo de cerca de 1,5 milhão de empregos formais. “Continuamos gerando empregos. Só no governo da presidenta Dilma, foram 4,5 milhões de empregos e devemos chegar a aproximadamente 6 milhões de novos empregos. São dados baseados em informações técnicas e no que ocorreu, como por exemplo, a recuperação da economia”, explicou.
Giselle Chassot, com informações do Ministério do Trabalho e das agências de notícias
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