Mobilização começou em maio deste ano. Número supera em mais de 20 vezes o total recebido de janeiro a abril de 2011
A Campanha Nacional do Desarmamento 2011 – Tire uma arma do futuro do Brasil entra nesta segunda-feira (12/09) na segunda fase. Novas peças publicitárias – filmes para TV e internet, site, spots de rádio, cartazes, mobiliário urbano – foram baseadas em depoimentos reais de pessoas que perderam familiares. O objetivo é ampliar o diálogo com a sociedade para sensibilizar do perigo de ter armas e assim mobilizar cidadãos a entregarem as suas.
São cinco anúncios diferentes para mídia impressa com situações cotidianas em casa, em bares, no trânsito que, por conta da arma, têm desfecho trágico. As peças serão veiculadas em mobiliário urbano, outdoor, revistas, jornais, ônibus e elevadores.
Balanço – Nos quatro primeiros meses de Campanha (6 de maio a 9 de setembro), foram recolhidas 22,2 mil armas. O número supera em mais de 20 vezes o total recebido, de janeiro a abril deste ano, pela Polícia Federal, órgão responsável por acolher as entregas voluntárias de armamentos fora das mobilizações.
Os revólveres são quase metade das entregas, com 10.828. No total, foram recolhidas 18.489 armas de pequeno porte.
De acordo com o Ministério da Justiça, uma medida dos bons resultados alcançados na mobilização é a entrega das armas de grande porte – o balanço da campanha contabiliza 3.734.
São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais lideram a lista dos estados com maior quantidade de entrega com: 5.349, 2.641, 2.602, 1.776 e 1.572, respectivamente.
Destruição – O Ministério da Justiça assina com Ministério da Defesa e o Conselho Nacional de Justiça, ainda nesta semana, acordo para viabilizar a destruição armas que estão sob a guarda de fóruns e tribunais em todo o País. Estima-se que o total chegue a 700 mil, incluindo armas brancas. A aliança será um marco importante para a continuidade da implementação da política de desarmamento.
Novidades da campanha 2011
A campanha atual do desarmamento se insere numa política de Estado para a segurança pública. A iniciativa traz quatro novidades: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização imediata do artefato; a ampliação da rede de recolhimento de armas; e a agilidade no pagamento da indenização, que pode ser sacada após 24 horas e em até 30 dias. Cada arma dá direito a indenização de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300. O Ministério da Justiça já pagou R$ 2 milhões.
A mobilização contou com a adesão dos estados para a ampliação dos postos de coleta de armas. Vinte unidades da federação já assinaram acordo de cooperação. Assim, a campanha conta com 1.539 postos, divididos da seguinte forma: Polícia Civil (712 postos), Polícia Militar (589), Polícia Federal (127), Polícia Rodoviária Federal (64), Guarda Municipal (35) e Corpo de Bombeiros (2).
Mobilizações – Desde 2004, essas mobilizações foram responsáveis por retirar de circulação cerca de 570 mil armas. A edição iniciada em 2008 foi responsável pela regularização de outras 500 mil.
Acesse www.entreguesuaarma.gov.br ou ligue 194
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Secom