Casos de malária caem 56% em seis anos

O esforço do Ministério da Saúde em controlar e prevenir a malária no país tem demonstrado resultados positivos. Desde 2005, a redução do número de casos registrados no Brasil caiu mais do que a metade – 56%. Em 2005, foram 607.782 casos, sendo que em 2011 esse número caiu para 267.045. As conclusões estão destacadas no Saúde Brasil 2011, publicação lançada nesta quarta-feira, dia 17, durante a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), realizada em Brasília.

A redução acentuada nos últimos seis anos é reflexo, principalmente, da descentralização das ações de prevenção e controle da doença, a inclusão de derivados de artemisina no tratamento dos pacientes e o atendimento em até 72 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas. Por outro lado, o aumento dos investimentos e a capacitação dos profissionais tem sido fundamental para a diminuição desse quadro. A publicação também destaca a redução dos óbitos em 70% na última década. Em 2000 foram registradas 243 mortes, contra 73 em 2010. Além disso, as internações diminuíram em mais de 60%, passando de 12.542, em 2005, para 4.920 em 2011.

“Os dados positivos são o resultado de uma ação integrada, que inclui a intensificação de ações de rotina para diagnóstico precoce e tratamento oportuno de pacientes”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Para ele, os números refletem o empenho dos gestores federais, estaduais e municipais no controle da doença.

Em 2011, para os locais onde há maior vulnerabilidade à doença, o Ministério da Saúde repassou R$ 15 milhões. O recurso foi utilizado para a instalação de mais de um milhão de mosquiteiros com inseticidas. O ministério também promoveu outras medidas, como o envio de 194 microscópicos para ampliar a rede de diagnósticos da malária, 39 novas caminhonetes e 500 mil testes rápidos para diagnóstico da doença subsidiados pelo Fundo Global de Luta Contra Aids, Tuberculose e Malária.

Prevenção
Entre as ações de prevenção regulares estão a drenagem de áreas alagadas tidas como de risco, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho da população e uso racional da terra.

Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco. O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito – manhã e final da tarde – são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.

Entre os sintomas da doença, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo chegar a vários meses, em condições especiais. Uma vez diagnosticada, o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Para cada espécie de plasmódio, há medicamentos ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação de cada doente. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente toda a medicação para o tratamento da malária.

Blog da Saúde

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