A Comissão de Direitos Humanos do Senado adiou a audiência pública que vai discutir a desocupação da comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). O adiamento foi garantir a presença de representantes do desalojados e das autoridades envolvidas no processo de despejo das 1.600 famílias, uma vez que o debate foi convocado nesta segunda-feira (07/02) e não houve tempo hábil para que todos estejam em Brasília.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vem acompanhando de perto a investigação das denúncias de violência e abuso contra os moradores da área durante a e desocupação do terreno, em 22 de janeiro. A brutalidade da operação da Polícia Militar paulista chocou o país. Na sexta-feira passada, novas denúncias de tortura, abuso sexual e agressão física contra moradores foram divulgadas por Suplicy, reforçando a necessidade da convocação da audiência pública.

Além de prestar apoio às vítimas e acompanhar as investigações, Suplicy tem se empenhado em buscar, junto às três esferas de governo, uma solução concreta para os desalojados. Desde a última sexta-feira, ela já fez contatos com o Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista), com o procurador-geral de Justiça do estado, com o corregedor da PM de São Paulo e com o prefeito de São José dos Campos.

Na última segunda-feira, Suplicy acompanhou o trabalho da polícia técnica, que recolheu provas periciais na casa de duas mulheres que teriam sofrido abuso sexual de policiais, durante a desocupação. “Ficamos das 13h às 17 horas na casa das vítimas, pude ouvir mais uma vez suas denúncias”, relatou o senador.