A última ceia de Natal do desgoverno Bolsonaro estará 9,8% mais cara em comparação com a do ano passado. A estimativa é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O preço de uma cesta composta por dez produtos – aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender – foi calculado em R$ 294,75 no início deste mês, R$ 26,30 a mais do que os R$ 268,45 de 2021.
“Esse preço de 2022 é o preço atual, de referência dos próprios supermercados, que ainda não entraram com suas ofertas e promoções”, ponderou Marcio Milan, vice-presidente da Abras, durante a apresentação dos dados, nesta quinta-feira (8).
A variação de preços da “cesta de Natal” ficou acima da inflação no período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, anunciado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve alta de 0,41%. No ano, o IPCA acumula alta de 5,13%, e nos últimos 12 meses, de 5,90%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro.
Os maiores impactos no índice do mês vieram de Transportes (0,83%) e Alimentação e bebidas (0,53%), com 0,17 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente. Juntos, os dois grupos contribuíram com 71% do IPCA de novembro. A maior variação, por sua vez, veio de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo.
A pesquisa da Abras também traz um recorte das grandes regiões do país. O maior valor médio da cesta de Natal foi registrado no Norte: R$ 306,34, 3,1% acima de 2021. O Sudeste teve o menor preço médio, calculado em R$ 282,39. A região, porém, registrou a maior alta, de 17%, na comparação com 2021.