A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as outras cinco principais centrais sindicais do país – Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central – realizam desde a semana passada uma campanha financeira entre as entidades filiadas para a arrecadação de recursos para a compra de oxigênio para ser enviado a Manaus.
Desde a semana passada, a capital do Amazonas passa por uma crise sem precedentes pela falta de oxigênio hospitalar em virtude do aumento da demanda provocado pela explosão de casos de Covid-19, o que já provocou a morte de dezenas de pessoas.
A falta do produto também já está sendo constatada em outras regiões do estado e também em estados vizinhos como o Pará.
Além da campanha de arrecadação de recursos financeiros, as seis centrais sindicais decidiram nesta terça-feira (19) a ajudar o governo da Venezuela no envio de oxigênio a Manaus.
Apoio ao transporte do oxigênio
As centrais fecharam um acordo com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, e vão oferecer mão de obra e peças de reposição para os veículos daquele país que irão fazer o transporte do produto.
Segundo Arreaza, a manutenção dos veículos é a parte mais difícil da operação de socorro à capital amazonense, devido à escassez de peças e equipamentos em seu país.
O sindicalistas ofereceram mão de obra e peças de reposição para os veículos que irão fazer o transporte de Caracas até Manaus. O ministro relatou que a manutenção é parte mais difícil em razão da escassez de produtos no país.
Mobilização contra o fechamento da Ford
Outra importante frente de luta encabeçadas pelas seis principais centrais brasileiras é a mobilização contra o fechamento das fábricas da Ford em São Paulo, Bahia e Ceará e em defesa do empregos dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa.
Na próxima quinta-feira (21), as centrais vão realizar uma manifestação nacional em frente às concessionárias da Ford em pelo menos cada capital de estado.
A ação faz para de uma agenda de mobilização que foi aprovada pelos trabalhadores da Ford, tanto de Taubaté, quanto em Camaçari, para tentar reverter a situação, com protestos, audiências públicas, plenárias, diálogo com a sociedade e com parlamentares.
Para os sindicalistas, o fechamento da Ford no Brasil ainda não é um assunto encerrado. A multinacional americana pode ser acionada na justiça caso for comprovado nas investigações do Ministério Público do Trabalho (MPT) que a ação da empresa causou danos na cadeia produtiva no país.
Para contribuir com as investigações, representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) participaram nesta terça-feira (19) de uma reunião virtual com procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e apresentaram dados sobre a situação dos trabalhadores e da Ford na cidade.
As informações vão auxiliar em três inquéritos abertos contra a montadora para analisar a situação das plantas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE).