ONU recebe seminário organizado pela Central Única de Favelas, que vai expor políticas públicas brasileiras de combate à fome“É um outro Brasil: mais tecnológico, mais jovem, mais mulher. Esse é o novo Brasil que queremos levar para a Organização das Nações Unidas (ONU)”. A frase é do presidente nacional da Central Única de Favelas (Cufa), Preto Zezé, ao explicar como vai ser o debate nesta sexta-feira (18), durante o seminário Pobreza Urbana e Desenvolvimento no Brasil: a periferia no centro da agenda de desenvolvimento pós-2015, na sede da ONU, em Nova York.
Organizado pela Cufa, o painel é resultado do investimento contínuo do governo federal em políticas públicas responsáveis por reduzir a pobreza extrema e a fome no País. Nas palavras do presidente da entidade, “há muito a mostrar para o mundo sobre como se resolvem os problemas”.
As políticas de inclusão social executadas pelo governo federal na última década conquistaram reconhecimento internacional. A simplicidade inerente ao formato das medidas, aliada ao alcance e à fácil reprodução delas, tem concedido proeminência ao Brasil nos debates em foros multilaterais que tratam do combate à miséria.
De acordo com Zezé, a Cufa leva a Nova York “experiências exitosas de um novo Brasil, de gente que saiu da miséria, de gente que criou sua empresa, de gente que transformou dificuldade em oportunidades”. “Descobrimos, olha só, que agora existe Estado brasileiro, porque, até então, grande parte da população não tinha acesso a nenhuma política pública”, observa Zezé.
Além de Zezé e de Celso Athayde, fundador da Cufa, participam do seminário a presidenta Dilma Rousseff; Sandra Jovchelovitch, psicóloga social da London School of Economics and Political Science; Maria Concepción Steta, especialista sênior do Banco Mundial para Proteção Social e Trabalho; Marlava Noleto, diretora da Unesco; e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Novo Brasil
Em entrevista ao Portal Brasil, a ministra Tereza Campello falou sobre os avanços alcançados pelo País por meio do desenvolvimento com inclusão social. Para ela, as características do “novo Brasil” vão além da renda concedida pelo Bolsa Família.
“A população pobre passou a ter acesso, por exemplo, a energia elétrica. A população no campo tinha 15 milhões de pessoas que não tinham nem energia elétrica”, afirmou. “Isso é uma mudança estrutural na vida das pessoas”, concluiu.
Questionada a respeito do peso brasileiro no cenário internacional resultante das políticas de redução da pobreza, Campello foi categórica. Em 12 anos, argumenta a ministra, o País conseguiu alterar indicadores históricos.
“Saímos de um patamar de 10% da população em situação de insegurança alimentar e hoje temos 1,7%. Isso aconteceu por um conjunto de ações”, disse. “Esse dados servem de inspiração para o mundo, mostrando que é possível superar a fome, é possível superar a pobreza, é possível alterar esses indicadores com políticas públicas, com determinação, com ação do Estado”.
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Central Única de Favelas
Leia mais:
Redução do grau de investimento não significa nada,diz ex-presidente Lula
Em Assunção, Lula comemora 10 anos do Tekoporã, o Bolsa Família do Paraguai
Boletim da Unesco mostra êxito das políticas sociais ligadas ao Bolsa Família