Inclusão zero

Decreto anula política discriminatória do governo

Segundo Paulo Rocha, Política Nacional de Educação Especial apenas fomenta exclusão de pessoas com deficiência
Decreto anula política discriminatória do governo
Mal foi lançada e a Política Nacional de Educação Especial, do governo federal, pode ser derrubada. E o que propõe o PDL 441/2020, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA). Para o senador, a iniciativa do governo Bolsonaro promove exclusão de pessoas com deficiência.
A política propõe turmas e escolas especializadas que atendam apenas estudantes com deficiência. Movimentos sociais e em defesa da educação rechaçam essa proposta, que, segundo eles, destrói a política inclusiva no país e afronta a Constituição Federal.
“Ao retroceder no direito das pessoas com deficiência à educação inclusiva, a Politica Nacional de Educação Especial do governo Bolsonaro vai contra a Constituição, revela-se inconstitucional, devendo o Decreto que a instituiu ser, como reivindica a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, ‘expurgado da legislação brasileira, com a maior urgência possível’”, justifica o senador.
O parlamentar destaca que uma das primeiras ações de desmonte de educação inclusiva foi a extinção da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). Aliás, essa foi uma das primeiras iniciativas do governo Bolsonaro na área da educação.
“O parlamento brasileiro não pode silenciar diante de tamanho retrocesso. A Constituição Federal impõe que o Estado brasileiro assegure pleno acesso das pessoas com deficiência ao ensino regular e ao atendimento educacional especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização”, afirma Paulo Rocha.
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