MST aplaude diálogo com Dilma – mas mantém recusa a Kátia Abreu

MST com Dilma: apoio crítico, com “ano de lutas” em 2015A definição de uma meta para assentar 120 mil famílias até julho de 2015, além de 50 mil famílias por ano, foi reivindicada por representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nessa segunda-feira (15), durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff. O tema faz parte de um documento entregue por integrantes do movimento à presidenta intitulado Propostas Emergenciais para o Campo.

“Apresentamos pauta que dialoga diretamente com a questão da terra, do desenvolvimento do território e da produção de alimentos na reforma agrária popular”, afirmou o membro da direção nacional do MST, Alexandre da Conceição. Segundo ele, Dilma se comprometeu a discutir as propostas.

Os representantes do MST avaliaram que no segundo governo, Dilma terá maior comprometimento com as pautas para o campo. Durante os governos Dilma e Lula, foram assentadas 771 mil famílias em 51 milhões de hectares para fins de reforma agrária. Os beneficiados também passaram a ter benefícios como assistência técnica, construção e reforma de moradias, abertura de estradas, instalação de água e luz elétrica, sementes de alta qualidade genética, garantia de venda da produção e ampliação dos níveis de escolarização.

Para a dirigente do MST Rosane Fernandes, o encontro foi importante para abrir o diálogo não só com a entidade, mas com todos os movimentos sociais.

“Saímos bastante animados desta audiência, mas sem expectativa de que apenas uma conversa vá resolver as questões que apresentamos”, disse Rosane, logo após a audiência. “As lutas do MST continuarão em 2015”, avisou.

Na reunião com a presidenta, os representantes do MST também se mostraram insatisfeitos com a possível indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para ficar à frente do Ministério da Agricultura. “Temos colocado para imprensa, e agora para presidenta Dilma, é que a nomeação da Kátia Abreu é uma simbologia muito ruim para aquilo que foi as eleições nas ruas, onde os movimentos sociais foram garantidos, a vitória da presidenta, em um avanço de um projeto popular mais avançado”, disse Alexandre.

Apesar da resistência ao nome da senadora, o representante do MST afirma que não cabe ao movimento interferir na nomeação, uma vez que esta é uma prerrogativa da presidenta. Ainda de acordo com Alexandre, Dilma não teria se manifestado sobre o assunto.

Foi feito ainda um apelo por mudanças, especialmente sobre a suposta postura de integrantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário em relação ao MST. Segundo Alexandre, assim que compor o novo governo, Dilma vai conversar novamente com o MST para discutir um plano de metas.

Com informações do PT Nacional e da Agência Brasil

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