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Brasil mobilizado em defesa de Lula e da democracia

“Temos que organizar a resistência, tomar as ruas. Defender Lula é defender a democracia”, resume Lindbergh
Brasil mobilizado em defesa de Lula e da democracia

Foto: Ricardo Stuckert

Cresce em todo País a mobilização em solidariedade ao ex-presidente Lula, que tem julgamento marcado para o próximo 24 de janeiro, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, na capital gaúcha. O movimento #ComLulaEmPoA promete levar à cidade milhares de apoiadores e organizações como o Movimento dos Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pretendem montar acampamento no Parque da Harmonia, em frente ao tribunal.

Nesta terça-feira (19), o Parque Harmonia já reuniu uma grande quantidade de pessoas na aula pública sobre Direito e Democracia, promovida pela Frente Brasil Popular. Participaram do evento a advogada Carol Proner, da Frente de Juristas pela Democracia e Rodrigo Azevedo, professor de Sociologia e Direito da PUC-RS.

Mais uma fase do golpe
Lula será julgado em segunda instância pela suposta propriedade do apartamento tríplex no Guarujá—imóvel que ele já provou reiteradas vezes que não lhe pertence—um dos motes da Operação Lava Jato na perseguição ao ex-presidente. O julgamento em segunda instância, marcado para a mesma data em que ocorreu o acidente vascular cerebral que matou a ex-primeira dama Marisa Letícia, em 2016, é “mais uma fase do golpe”, como alerta o Líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).

“Temos que organizar a resistência, tomar as ruas. Defender Lula é defender a democracia”, resume Lindbergh. A insistência das forças conservadoras em impedir Lula de disputar a Presidência em 2018 coloca o Brasil em uma encruzilhada, ressalta o senador: “Ou retomamos a democracia ou vai se aprofundar o modelo de superexploração dos trabalhadores ressuscitado por Temer”.

[blockquote align=”none” author=”Senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann”]“A candidatura de Lula não é mais uma candidatura do PT, mas de uma parcela expressiva do povo brasileiro. Cabe ao PT defendê-la, viabiliza-la e assegurar que ele seja candidato”[/blockquote]

Comitês populares
No último fim de semana, o Diretório Nacional do PT deu início à organização de comitês populares em todo o País para defender a democracia e o direito de Lula ser candidato à Presidência da República. Essas organizações deverão aglutinar a militância petista, os movimentos sociais e populares, as entidades sindicais, artistas, sociedade civil e os partidos do campo democrático e popular e toda militância petista nessa causa.

Entre as lideranças políticas que têm se destacado na chamada à mobilização em defesa de Lula está o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que tem dedicado sua presença nas redes sociais para convocar o #OcupaPortoAlegre. “Não importa se você gosta ou não do Lula. É a democracia que está em jogo, e na democracia quem decide é o povo, não a Globo e o capital financeiro. Todos em Porto Alegre 24 de janeiro”, tuitou o peemedebista.

Caçada político-judicial
O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) acredita que Lula vai comprovar, mais uma vez, sua inocência. “Vai mostrar também que é candidato a presidente da República pela vontade dos brasileiros. O que estão fazendo com ele é uma perseguição política e jurídica absurda e injusta”. A condenação de Lula a nove anos de prisão, decidida por Sérgio Moro na primeira instância, expressa a “caçada política cheia de aberrações judiciais e de desrespeito à lei. Nós esperamos que o Tribunal corrija essa injustiça e restaure a verdade”,

Essa caçada político-judicial precisa ser denunciada, vencida e barrada de uma vez por todas, conclama o senador Paulo Rocha (PT-PA), para quem a presença do povo mobilizado nas ruas é essencial para começar a desmontar as armas do golpe e recolocar o País no rumo da reconquista da democracia. “É preciso, mais do que nunca, denunciar o papel que parte do Judiciário está cumprindo hoje no Brasil, a partir de delações ilegais, direcionamento de depoimentos e outras arbitrariedades que colocam em xeque o Estado Democrático de Direito”.

“A candidatura de Lula não é mais uma candidatura do PT, mas de uma parcela expressiva do povo brasileiro. Cabe ao PT defendê-la, viabiliza-la e assegurar que ele seja candidato”, avalia a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

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