O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) vai apurar a atuação de Moro no processo eleitoral e sua indicação para o cargo de ministro da Justiça. A decisão atende pedidos feitos por senadores e deputados federais do PT e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia. O ministro Humberto Martins do STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu 15 dias para Moro prestar as informações. Os pedidos foram reunidos e apensados em um.
O pedido de averiguação dos atos do magistrado durante o processo eleitoral foi apresentado pelos parlamentares na terça-feira passada. “Ao liberar desnecessariamente o sigilo e franquear ou permitir o vazamento do conteúdo da oitiva do ex-ministro Antônio Palocci, no bojo do encerramento do processo eleitoral, o juiz Sérgio Moro agiu, mais uma vez, com parcialidade, sem a observância da legalidade”, diz o texto do pedido.
A ação também pede que Moro seja impedido de assumir o Ministério da Justiça durante a investigação. Segundo o documento apresentado pelos parlamentares petistas, a principal evidência é que Moro aceitou assumir o Ministério da Justiça na gestão Jair Bolsonaro, no dia 2 de outubro. Na ocasião, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, afirmou que o convite ao juiz havia sido feito ainda durante o processo eleitoral.,
Assinaram o pedido de investigação a senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE) e Jorge Viana (PT-AC), além dos deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP).
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