O governo da presidenta Dilma Rousseff tem 31,3% de avaliação positiva da população, aponta a pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O percentual dos que consideram o governo regular ficou em 38,7%. Em junho, quando foi realizada a aferição anterior da CNT, a avaliação positiva do governo era de 54,2%. Entre os entrevistados, 29,5% fazem uma avaliação negativa do governo Dilma.
O desempenho pessoal da presidenta tem 49,3% de aprovação. Em junho, esse percentual era de 73,7%. O índice de desaprovação subiu dos 20,4% de junho para 47,3% na sondagem mais recente.
Redes sociais
A pesquisa da CNT também mediu a opinião da população sobre as recentes manifestações de rua, aprovadas 84,3% dos entrevistados, embora apenas 11,9% afirmem ter participado de alguma das mobilizações—outros 29,6% registraram a intenção de participar de próximas manifestações. Entre os que participaram, 60,7% tomaram conhecimento das manifestações por meio da rede social Facebook e outros 38,5% por sites de notícias na internet.
Corrupção
Numa sondagem estimulada (quando o pesquisador apresenta algumas alternativas de resposta, para que o entrevistado escolha uma delas), metade dos entrevistados (49,7%) afirmou que o principal alvo das mobilizações foram “os políticos em geral”, enquanto 21,0% apontaram “o sistema político no Brasil” e 15,9% citaram “a presidenta da República”. Deputados e senadores teriam sido o principal alvo para 2,1% dos entrevistados. Quando a entrevista propunha múltiplas respostas, a “insatisfação com a corrupção” foi citada por 55%. Além disso, para 40,3% o “fim da corrupção” foi a reivindicação mais importante das manifestações.
Reação de Dilma
A maioria dos entrevistados (64,9%) aprovou a resposta da presidenta Dilma Rousseff às manifestações. Entre esses, 21,2% consideraram a atuação da presidenta a partir das manifestações como “boa” e 40,3% como “regular”. Apenas 43,9% aprovaram a reação do Congresso, entre os que avaliaram como “ótima” (1,1%), “boa” (9,2%) e regular (33,5%). O plebiscito para a reforma política proposto por Dilma recebeu apoio de 67,9% dos entrevistados que consideraram a consulta “importante, pois a população vai poder opinar sobre os temas da reforma”.
Nesta edição, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 estados, entre os dias 7 e 10 de julho. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais.
Com informações da CNT