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Com alta de 0,6% em janeiro, prévia do PIB surpreende e avança pelo quinto mês seguido

Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central cresceu 3,45% na comparação com janeiro de 2023

Cipem - Site do PT

Com alta de 0,6% em janeiro, prévia do PIB surpreende e avança pelo quinto mês seguido

Efeito Lula: o resultado do IBC-BR de janeiro ficou bem acima da expectativa da Reuters, que apontava uma alta de menos da metade, 0,26%

Os bons indicadores de aumento da emprego e renda gerados pelo governo Lula levaram analistas de mercado a revisar suas projeções de crescimento do país. Nesta segunda-feira (18/3), o Banco Central anunciou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) teve alta de 0,6% em janeiro. O índice, considerado uma “prévia” do PIB, registrou crescimento pelo quinto mês seguido, de acordo com o Banco Central.

Em 12 meses até janeiro, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,47%. Já na comparação com janeiro de 2023, o índice aumentou 3,45%. Mais uma vez, o indicador surpreendeu os analistas de mercado. O resultado do IBC-BR de janeiro ficou bem acima, por exemplo, da expectativa da Reuters, que em pesquisa apontava uma alta de menos da metade, 0,26%.

“O resultado confirmou o cenário de um primeiro trimestre forte, com impulso da demanda diante do pagamento de precatórios, e um carregamento mais forte deixado pelo resultado de dezembro”, apontou o economista do Santander, Gabriel Couto, em nota. Com isso, ele mudou a previsão de expansão do PIB no primeiro trimestre, de 0,6% para 0,7%.

Aquecimento da economia

O indicador confirma, assim, um processo de aquecimento da economia. A geração de empregos superou as expectativas no mês de janeiro, com 180.395 postos formais, o dobro do esperado. Ao mesmo tempo, o varejo mostrou uma forte recuperação com uma alta de mais de 4% em 2023.

Segundo declarou o economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, ao Valor, a renda das famílias cresceu 0,59% em janeiro, em comparação ao mês anterior. Em três meses, no entanto, houve um crescimento de 3,9%, “uma taxa bastante impressionante para um agregado que abrange mais da metade do PIB”.

Juros precisam cair mais

Para que a atividade econômica consolide um processo de crescimento mais acelerado, a taxa Selic precisa ceder mais rapidamente. Nesta terça (19/3) e quarta-feira (20/3), o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) se reúne para definir qual será a nova taxa de juros, atualmente em 11,25%. A expectativa é que seja feito mais um corte de meio ponto percentual, estabelecendo o patamar em 10,75%, o que ainda é considerado muito alto, uma vez que a taxa de juros real continua uma das mais elevadas do mundo.

Na semana passada, o presidente Lula voltou a reclamar da “teimosia” de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em manter um patamar de juros tão alto.

“Não tem nenhuma explicação o juros da taxa Selic estar a 11,25%”, protestou o presidente. “Não existe nenhuma explicação econômica, inflacionária. Não existe nada, nada, a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, observou.

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