Após a aprovação da proposta de reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), a classe trabalhadora reagiu com centenas de paralisações em todo o Brasil na Greve Geral de sexta-feira (30). Os atos levaram centenas de milhares de pessoas às ruas, além de parar fábricas, transporte e comércio.
No estado de São Paulo, várias categorias realizaram atos e paralisações. De acordo com balanço da CUT, mais de 212 locais de trabalhos fecharam na sexta somente na capital de São Paulo, com mais de 30 mil trabalhadores. Os bancários de cidades como Limeira, Catanduva e Taubaté também aderiram às mobilizações. No final do dia, um grande ato na avenida Paulista contou com a participação de 40 mil pessoas.
Adesão em massa no DF
Brasília parou sem transporte público e sem produção. De acordo com a CUT-DF, categorias como rodoviários, metroviários, aeroportuários, comerciários, servidores públicos, além de mais de 50 sindicatos, aderiram, total ou parcialmente, à Greve Geral.
50 mil nas ruas no CE
Pelos menos 50 mil pessoas participaram do ato de massa, em Fortaleza (CE). Trabalhadores e trabalhadoras, representantes de movimentos sociais e sindical, juventude, estudantes, negros, LGBTI e sociedade civil organizada se manifestaram desde as primeiras horas da manhã. A caminhada teve concentração principal na Praça Clóvis Beviláqua (mais conhecida como Praça da Bandeira), no Centro. Depois, seguiu pelas ruas do bairro até a Praça do Ferreira.
Ato lembra militantes mortos no RS
Em Sarandi, no interior do Rio Grande do Sul, o MST e demais entidades e movimentos que integram a Frente Brasil Popular finalizaram as ações deste dia nacional de Greve Geral fazendo uma homenagem a Roseli Celeste Nunes da Silva, Larri Grosseli e Vitalvino Mori. A manifestação ocorreu no local em que os três militantes foram mortos, em 31 de junho de 1987, e várias pessoas foram atropelados por um caminhão desgovernado, durante um protesto de pequenos agricultores, camponeses e sem-terras na BR 386.
Apoio internacional
As mobilizações no Brasil repercutiram internacionalmente e organizações de quatro países (Espanha, Portugal, EUA e Argentina), além de parlamentares do partido alemão Die Linke, prestaram solidariedade à luta da CUT contra as reformas Trabalhista e da Previdência.
Em mensagens enviadas à Central, as espanholas UGT e USO apontaram a importância da luta para impedir que direitos conquistados com muita luta e sangue sejam saqueados por um governo ilegítimo, enquanto a argentina CTA Autônoma disse se unir aos gritos dos brasileiros por ‘Fora Temer’, ‘Diretas Já’ e ‘nenhum direito a menos’. Para ler estas e as outras manifestações de entidades internacionais na íntegra, clique aqui.
*Com informações da Central Única dos Trabalhadores