O número de brasileiros endividados e com contas atrasadas não para de subir, numa clara demonstração da incapacidade de Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de melhorar a vida dos trabalhadores.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada nesta segunda-feira (8), em julho passado 78% das famílias tinham dívidas e 29% estavam inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas.
São os maiores índices já registrados na história da pesquisa, que começou a ser feita em 2010. Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que esse resultado mostra que o governo não consegue apresentar soluções duradouras para a crise.
“A alta dos indicadores de inadimplência, após queda nos meses de abril, maio e junho, indica que as medidas extraordinárias de suporte à renda, como os saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, aparentemente tiveram efeito momentâneo no pagamento de contas ou dívidas já atrasadas, concentrado no segundo trimestre deste ano”, avaliou, segundo o site da Carta Capital.
O estudo traz outros dados que mostram como a população está achacada pela economia: 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas e 10,7% das famílias dizem que não terão condições de pagar as contas atrasadas.