Encontro Nacional

Com Lula e Gleisi, mulheres definem rumo da luta

As 700 delegadas evidenciam a pluralidade do PT, tanto no campo das ideias, quanto na diversidade humana que compõe o partido
Com Lula e Gleisi, mulheres definem rumo da luta

Com diferentes sotaques, estilos e características, elas vão chegando em pequenos grupos, trazendo malas e sorrisos estampados, revelando o orgulho de fazer parte de um coletivo nacional de mulheres. As 700 delegadas presentes ao Encontro Nacional de Mulheres do PT, em Brasilia, neste final de semana, evidenciam a pluralidade do Partido dos Trabalhadores, tanto no campo das ideias, quanto na diversidade humana que compõe o partido.

Muitas já se conheciam de outros encontros, outras estão chegando pela primeira vez. Mas, todas, sem exceção, com um entusiasmo pouco comum para os dias modernos. A paixão pelas atividades políticas, visivelmente, movimenta e resignifica a vida das mulheres do PT.

Na pauta do encontro, a eleição da nova Secretária Nacional e do novo coletivo da Secretaria Nacional de Mulheres do PT. E, como ponto politico central, a apresentação do programa O Brasil que o Povo Quer, uma plataforma virtual onde o público opina e propõe soluções para os principais problemas do País.

Plataforma “O Brasil Que o Povo Quer”

Apresentado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do PT, Renato Simões, o programa da Fundação Perseu Abramo (FPA) “O Brasil que o Povo Quer”, conta com 7 eixos de ação. O objetivo da plataforma é elaborar, com participação da sociedade, um projeto de interesse nacional nos temas especificados.

Renato explicou que o programa “O Brasil que o Povo Quer” terá três fases, sendo as duas primeiras online. Ao todo, sete eixos temáticos serão trabalhados no portal < obrasilqueopovoquer.org.br >, com participação da população, que poderá discutir os temas e avaliar os comentários feitos por outros participantes.

Esse processo será dividido em etapas segmentadas até dezembro, com uma resposta para cada eixo, elaborada ao final da etapa pelo Grupo de Conjuntura da FPA.

Os 7 eixos da plataforma
– A ordem mundial, a soberania e a defesa da Nação
– Participação popular, liberdade e direitos: qual democracia queremos?
– Integração nacional e serviços no Brasil. É possível construir um país mais justo para todos?
– O que é qualidade de vida para você?
– Quem pagará o aumento da infraestrutura e dos bens comuns no Brasil?
– Como reduzir a desigualdade e garantir inclusão social no Brasil?
– Como mobilizar os recursos naturais e tecnológicos gerando riqueza para todos?

Um oitavo eixo temático também deve ser discutido em dezembro, a partir dos temas mais relevantes entre as discussões realizada pelos participantes.

A partir de janeiro e até o mês de março, serão realizados debates e seminários, com transmissão ao vivo, trazendo especialistas e acadêmicos para discutir os sete eixos, tomando por base as contribuições da população no portal.

Eleição
A eleição da nova secretária Nacional de Mulheres e do novo coletivo da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, acontecerá amanhã, (8). Têm direito a voto as delegadas eleitas nos encontros estaduais realizados em 23 estados. Foram inscritas cinco candidatas à Secretária Nacional e seis chapas para o coletivo. As candidatas à Secretaria Nacional de Mulheres são: Patrícia Amália Castro Araújo (PI), Wilma dos Reis Rodrigues (DF), Liliane Oliveira (BA), Anne Karolyne (AM) e Kátia Guimarães (MS).

Presidente Lula
A presença do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é esperada para o início da noite, na abertura oficial do evento. A presidenta Nacional do Partido, senadora Gleisi Hoffmann também confirmou presença.

Campanha de Filiação

Durante o evento, Gleide Andrade, Secretária Nacional de Organização, apresentou os números de filiações das mulheres em todo o país e reiterou a força da política como agente de transformação social. “Estamos lançando a campanha nacional de filiação e temos um foco especial para filiação das mulheres. É visível a transformação que a participação na política provoca na vida delas. No entanto, o percentual de filiação feminina ao partido, é um pouco menor (17%) do que entre os homens (21%)”, disse ela.

O mapa da participação feminina

Das 778 mil filiadas ao PT (43,2%), o Distrito Federal, os núcleos no exterior e o estado de Pernambuco, têm o maior percentual de mulheres filiadas, acima de 48%, embora ainda não sejam majoritárias. Rondônia, Santa Catarina e Tocantins, tem o menos percentual de mulheres dentre seus filiados ( 34,1% a 36,3%). Gleide solicitou aos setoriais das mulheres, empenho para aumentar a presença das mulheres na vida partidária para reduzir essa diferença.

Nos municípios com mais de 1 milhão de eleitores, o percentual de mulheres filiadas ao PT atinge 50,8%, superando o percentual de homens. Nos municípios menores, esse número diminui, atingindo 35,2% nos municípios abaixo de 17 mil eleitores.

Nas cidades com mais de um milhão de eleitores, acontece o oposto: as mulheres representam 54,3% do eleitorado, percentual que vai se reduzindo até chegar em 50,1% nos municípios abaixo dos 17 mil eleitores. “O desafio é aproximar nosso percentual de filiadas próximo ao percentual da presença feminina no eleitorado geral”, disse Gleide.

Faixa Etária
De 16 a 20 anos, são 1.232 filiadas em todo o Brasil, o equivalente a 0,2% do total. Na faixa dos 21 aos 24 anos, são 12.406 filiadas, ou 1,8% do total. A soma das faixas mais jovens é de 2% das filiadas, enquanto no eleitorado geral são 14,8% das mulheres nessa faixa etária. Na faixa dos 25 aos 34 há um empate em 20% entre homens e mulheres. Nas faixas de 35 a 59 anos, são 59% filiadas, enquanto no eleitorado o percentual é de 44%. Nas faixas de 70 anos ou mais, são 7% das filiadas, enquanto no eleitorado geral são 9% das eleitoras.

“É preciso explicar para a juventude como era o País, antes dos governos populares do PT. As gerações anteriores podem fazer a comparação com outros governos, e sabem que o PT fez a diferença em política públicas, especialmente, para os jovens. Foram eles que tiveram os maiores benefícios do nosso governo, como o Prouni, o Fies, o Ciência sem Fronteiras ”, avaliou Gleide Andrade.

 

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