O texto-base da reforma política, que teve como relator o deputado Vicente Cândido (PT-SP), foi aprovado na comissão especial da Câmara que analisou a matéria. Mas, junto com a matéria, o colegiado também acatou – com voto contrário de sete partidos – o chamado “distritão” para a escolha de deputados e vereadores nas eleições de 2018 e 2020.
Nesse sistema eleitoral, são eleitos os candidatos mais votados – como já acontece no pleito para presidente, governador, prefeito e senador – e não mais a partir do quociente eleitoral, que leva em consideração os votos para partidos ou coligações.
Na quarta-feira (9), parlamentares do PT, PCdoB, PDT, PR, PSOl, PHS e PRB lançaram, na Câmara, uma frente ampla contra a aprovação do distritão. O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), alertou que, diferentemente do que o PMDB e o PSDB afirmam, não há consenso sobre esse sistema eleitoral.
“Ao contrário, o que existe é uma forte divergência. Nós, nessa frente que já tem o apoio de 200 parlamentares de oposição e da base, estamos dizendo não a essa tentativa de acabar com a renovação política, que é fundamental para a democracia”, afirmou.