O primeiro módulo de produção da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) já está operando. A estatal, vinculada ao Ministério da Saúde vai produzir albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand, hoje 100% importados pelo governo federal. Esses medicamentos são essenciais à vida de milhares de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com hemofilias (dificuldade ou impossibilidade de coagulação do sangue), cirrose (doença que causa a falência do fígado), cânceres, Aids, imunodeficiência primária, vítimas de queimaduras ou enfermos em tratamento de terapia intensiva.
Os pacientes receberão os medicamentos sem necessidade de qualquer pagamento.Na última quinta-feira (27/09), o primeiro bloco do complexo fabril, instalado em Goiana (PE) recebeu o primeiro carregamento da matéria-prima dos hemoderivados, o plasma sanguíneo, transportado em caminhões refrigerados que percorrem 115 serviços de hemoterapia de todo o País.
Atualmente, apenas 15 países no mundo possuem fábricas de alta complexidade para produção de diversos tipos de hemoderivados. Esses medicamentos custam, anualmente, cerca de R$ 800 milhões para o Brasil
O primeiro caminhão com 10 mil bolsas de plasma descarregado na câmara fria do Bloco 01 da Hemobrás veio de Natal (Rio Grande do Norte), João Pessoa e Campina Grande (Paraíba). Até o fim deste ano, a fábrica deverá receber 150 mil bolsas de plasma. Em 2013, serão 900 mil bolsas. Até agora, a estocagem do plasma destinado à produção estatal de hemoderivados era feita em uma câmara fria alugada da iniciativa privada,
Enquanto opera o armazenamento do plasma em B01, a Hemobrás dá andamento à construção dos demais prédios que englobam a fábrica. Fazem parte desta etapa da obra 13 blocos, que compreendem 45 mil dos 48 mil metros quadrados de área construída. Entre eles, o bloco 02, considerado o coração da unidade fabril, por ser o local onde será feito o processamento do plasma. Este parque fabril brasileiro terá capacidade para processar 500 mil litros de plasma por ano, configurando-se, assim, como o maior da América Latina.
Com informações da Hemobrás e do Portal Brasil
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