Lucas Fermin - SEED

Cesta mais barata foi impulsionada por queda nos preços de itens como arroz, carne, açúcar e feijão
O governo do presidente Lula tem demonstrado um compromisso inabalável com o bem-estar da população brasileira, especialmente no que tange à segurança alimentar e ao acesso a alimentos de qualidade a preços justos. As ações implementadas têm surtido efeito direto na vida das famílias, como comprovam os recentes dados que apontam para a queda no custo da cesta básica e o aumento do consumo nos supermercados.
De acordo com a Análise Mensal da Cesta Básica de Alimentos, pesquisa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 15 capitais brasileiras registraram queda no custo da cesta básica em julho. Essa redução foi impulsionada, principalmente, pela diminuição dos preços do arroz, da carne bovina, do açúcar e do feijão, itens essenciais na mesa do brasileiro. Os dados foram divulgados na quinta-feira (21).
São Paulo foi a capital onde o grupo de alimentos básicos apresentou o maior valor (R$ 865,90), Em seguida, o levantamento destaca Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48) com os maiores custos. Na outra ponta, em cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
Paulo Teixeira: Brasil sai do Mapa da Fome com força da agricultura familiar
Um dos grandes avanços dessa parceria entre Conab e Dieese é a ampliação da coleta de preços, que agora abrange todas as 27 capitais brasileiras. A medida, celebrada como uma “reparação histórica” pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, permite um retrato mais completo da alimentação no país e oferece ao governo a possibilidade de se antecipar na formulação de políticas públicas mais eficazes.
“O índice passa a ser mais abrangente”, comemorou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, na semana passada. “Isso vai dar uma análise mais fina para as políticas públicas de como estão se comportando os alimentos no Brasil. É como na medicina, você vai melhorando os instrumentos e vai conhecendo mais os problemas de saúde da nossa população. Aqui também nós estamos melhorando os instrumentos”, disse o ministro.
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A iniciativa se soma a outras políticas do governo Lula que visam garantir o direito humano à alimentação adequada. A recriação do MDA em 2023, por exemplo, impulsionou programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), que contribuem diretamente para o aumento da produção de alimentos e beneficiam milhões de famílias.
Consumo em supermercados cresce 4% em Julho
A melhora no cenário econômico e o impacto das políticas governamentais são refletidos também no aumento do consumo nos lares brasileiros. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo em supermercados registrou alta de 4% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2024. O crescimento é um indicativo da melhora da renda e do mercado de trabalho, que tem permitido às famílias brasileiras fortalecerem seu poder de compra no varejo alimentar.
“No recorte mensal, julho costuma apresentar retração por causa das férias escolares, quando muitas famílias optam por consumir fora de casa. Este ano, esse efeito foi menos intenso, tanto em relação a junho quanto ao mesmo período de 2024”, destacou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan à Agência Brasil.
Mesmo com a diminuição de beneficiários do Bolsa Família em julho, devido ao aumento da renda familiar e à queda do desemprego, o consumo das famílias não sofreu retração. Trata-se de uma demonstração de que as pessoas que passaram a se sustentar com a renda do trabalho mantiveram sua autonomia financeira e continuaram a impulsionar o consumo.