O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Srª Presidenta, Senadora Marta Suplicy, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, todos nós estamos comovidos com o ato tão significativo e histórico, conforme V. Exª, Presidenta Marta Suplicy, acaba de ressaltar, pois lá no Palácio do Planalto, na presença dos ex-Presidentes José Sarney, Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, que tanto contribuíram, a Presidenta Dilma Rousseff soube assinalar como cada um dos quatro contribuiu para que nós chegássemos hoje a este momento.
“A verdade é filha do tempo, não da autoridade”. A Presidenta Dilma lembrara essa frase de Galileu, um dos cientistas que, na história, deram exemplo do quão importante é se buscar a verdade para alcançar a justiça. Ela ali assinalou que: “Não se pode mais esconder a verdade. A tirania pode até impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz.”
Hoje, esse tempo chegou, conforme o caro Senador Antonio Carlos Valadares aqui ressaltou.
São tantos os momentos belos da fala da Presidenta Dilma Rousseff que cabe aqui assinalar, mais uma vez, o que disse Ulysses Guimarães, o Sr. Diretas, que poderia estar presente e estava lá presente em espírito: “A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada”.
Em verdade, Dilma Rousseff assinalou o que é uma aspiração de todos aqueles que lutaram pela democracia. Foi tão importante que estivesse aquele salão do Palácio do Planalto cheio de pessoas, muitas das quais lutaram pela democracia ou tiveram os seus parentes vitimados pela forma com que se procurou impedir que a verdade aflorasse.
É tão importante que a Comissão da Verdade tenha tido a designação pela Presidenta Dilma de sete pessoas, homens e mulheres, que se tornaram respeitáveis ao longo de suas vidas, como Cláudio Fonteles, Gilson Langaro Dipp, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso da Cunha, porque todas essas pessoas se comprometeram e assinalaram as suas vidas por momentos de grande dedicação à instituição da democracia e ao respeito aos direitos humanos.
Foi tão importante a palavra de José Carlos Dias, em nome dos sete membros da Comissão da Verdade, quando ele assumiu o compromisso dizendo:
Haveremos de encontrar um caminho próprio para oferecer aos nossos governantes e à Nação.
É fato que a Comissão da Verdade em nosso País se instala depois de muitos anos em que a violência foi perpetrada e podem confiar, Presidentes e Nação que represento, que haveremos de dar respostas às expectativas e esperanças em nós depositadas. Não somos donos da verdade, mas seremos seus perseguidores obstinados.
Quero assinalar, Srª Presidenta, estão aqui presentes a Srª Maria Tereza Rodrigues, que teve a oportunidade de entregar, inclusive relembrando o gesto sempre de Carlito Maia, seu marido, flores à Presidente Dilma, depois de um ato de tamanha beleza, bem como do Dr. Rui Belfort Dias, pois teremos uma audiência com o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, para dar o nosso testemunho a respeito do nosso amigo querido Henfil.
Quero assinalar que lá, no Palácio do Planalto, agradeci a atenção do Ministro Carlos Ayres Britto por ter recebido ontem a Srª Eliana März, a mãe que está em busca de retornar ao convívio de sua filha, Elena März, hoje na Alemanha. Felizmente, a Ministra Eliana Calmon, Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, vai recebê-la às 4 horas da tarde.
Muito obrigado, Srª Presidenta.