O Ministério Público Federal recebeu uma representação contra o ministro da Educação, Mendonça Filho, por tentar impedir a Universidade de Brasília (UnB) de analisar o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016. A peça foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
Segundo o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, “é fundamental que o MPF adote todas as medidas administrativas e judiciais para coibir a conduta inconstitucional do ministro”.
Mendonça Filho acusou a UnB de promover “pensamentos político-partidário ao criar a disciplina ‘O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil’”, no curso de Ciências Políticas. Ele solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao MPF a apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina.
A comunidade acadêmica respondeu de imediato ao despotismo ministerial: o tema do golpe será abordado nas universidades federais da Bahia e do Amazonas, além das estaduais da Paraíba e de Campinas.