Com o encerramento, neste sábado (3), do “6º Congresso Nacional do PT – Marisa Letícia Lula da Silva”, centenas de congressistas e lideranças foram unânimes em afirmar que a realização do encontro ajudou a unir o Partido dos Trabalhadores em torno de três grandes pautas: a queda do presidente golpista Michel Temer, a realização de eleições diretas e a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.
Durante os três dias de Congresso, mais de três mil pessoas de todo o país passaram pelo evento desde quinta-feira (1), segundo a Secretaria Nacional de Organização, entre delegados, militantes, parlamentares e lideranças.
O Congresso elegeu a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) como a nova presidenta do partido e a chapa “Em defesa do Brasil, em defesa do PT, em defesa de Lula” para o diretório nacional. Durante as discussões em torno do regimento, também foi aprovada uma resolução incluindo um artigo no qual as bancadas do PT na Câmara e no Senado não vão aceitar compor com nenhum projeto que não seja o de eleições diretas. Também foi aprovada a luta ininterrupta contra as perseguições promovidas pelo Judiciário e pela imprensa ao ex-presidente Lula.
O delegado e deputado estadual do Ceará Moisés Ricardo chegou na quinta-feira (1) em Brasília e falou um pouco sobre a importância da realização do Congresso Nacional do PT. “Acho que o Congresso foi muito positivo até porque, além de todas as tendências, temos aqui representadas todas as racas étnicas, jovens, mulheres. O Congresso apontou para o PT a perspectiva de sair ainda mais unido e de fazer um balanço importante para o partido dos trabalhadores”.
Jovem, mulher e delegada, a cearense Daniele Barbosa falou sobre o papel do PT na atual crise brasileira e na defesa dos direitos dos trabalhadores. “O Congresso Nacional demonstra que o PT está consciente de seu papel no atual cenário do Brasil. O PT é a ferramenta certa para ajudar o País a garantir os direitos dos trabalhadores. O Congresso aponta para a retomada de um programa social democrático e anuncia para o Brasil e para o mundo que o PT está ainda mais vivo”.
Para o ex-ministro de Desenvolvimento Agrário dos governos Lula e Dilma, Miguel Rosseto, o PT sai do Congresso sintonizado com a sociedade ao rechaçar as reformas golpistas e pedir a volta de um presidente que seja eleito democraticamente.
“Além da unidade do partido, é importante destacar esse diálogo com a sociedade brasileira que não quer acabar com a Previdência e com os direitos trabalhistas. Mais de 90% da sociedade brasileira diz ‘não’ a essa agenda. O PT sintoniza mais uma vez com esta visão da sociedade, pois queremos fortalecer democracia e respeitar a soberania popular”, explicou.
O delegado e estudante universitário Mário Silva acredita que o Congresso do PT conseguiu agregar setores que buscam o mesmo objetivo: a aprovação de eleições diretas e a volta do ex-presidente Lula para a Presidência da República. “O Congresso foi fundamental para o PT reunir seus filiados e definir os rumos do partido. O Congresso também agregou setores que querem a transformação do PT e a unidade em torno das eleições diretas, da candidatura do Lula e de um programa político que transforme a realidade da sociedade brasileira”.
Para o deputado federal Marco Maia, o Congresso foi realizado no momento mais difícil do país e, por isso, foram três dias de debates intensos. “Foi o Congresso mais difícil da nossa história política porque se deu a partir de um golpe e em momento em que o Brasil vive um estado de exceção. Foi um Congresso acalorado que orientou a militância para os próximos dois anos, formatou um plano de lutas e editou resoluções concretas que colocam o Partido dos Trabalhadores na linha de frente da disputa eleitoral quando queremos ver Lula de volta à Presidência do Brasil”.
Congresso mostrou unidade em torno do ex-presidente Lula
O deputado federal Zeca Dirceu classificou o 6º Congresso como um “marco” na história recente do partido.
“O Congresso é mais um marco na história do PT, na vida democrática do Brasil. O PT é o maior partido do Brasil, envolvendo pessoas de todos os cantos do Brasil. Foi um Congresso que mostrou, mais uma vez, a força que tem o respeito às minorias: estão aqui negros, índios, LGBT… e também mostrou quanto a paridade é algo presente na vida do partido”, disse.
“São homens e mulheres lutando na transformação do partido, pela correção de rumos, para que o PT possa a voltar a ter a credibilidade com o povo brasileiro para fazer as transformações que já mostrou que é capaz de fazer quando estava no governo. Ficou evidente a força e o carinho do sempre presidente Lula , que esteve aqui e saiu com o compromisso de todos de sua defesa”.