Lula participou da primeira reunião do Conselho Consultivo do PT, em Brasília. Ricardo Stuckert/Instituto LulaNa primeira reunião do Conselho Consultivo da Presidência Nacional do PT, os participantes acertaram que proporão à presidenta Dilma reduzir os juros e taxar as grandes fortunas, segundo reportagens dos principais jornais do País publicadas nesta terça-feira (22).
O grupo foi instituído durante o 5º Congresso do PT, que aconteceu em junho, em Salvador (BA). Participaram do encontro, realizado na segunda-feira (21), o ex-presidente Lula e o presidente da legenda, Rui Falcão, além de autoridades como os governadores Wellington Dias, do Piauí, e Tião Viana, do Acre, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e os não petistas, Fernando Moraes e Eric Nepomuceno.
De acordo com reportagem do Valor, os participantes do grupo avaliaram que o ajuste fiscal apresentado recentemente pelo governo afasta os movimentos sociais da legenda. Desta forma, as propostas visam dar uma resposta aos militantes descontentes com as propostas como a recriação da CPMF e o congelamento de salários do funcionalismo público até agosto de 2016.
Falcão afirmou que as sugestões dos conselheiros passam por aumentar as taxas sobre grandes heranças e grandes fortunas, segundo o jornal O Globo. “No médio prazo, (precisa ser feita) uma grande reforma tributária que torne o sistema mais justo. Que os impostos incidam mais sobre a propriedade e a riqueza e menos sobre a produção e os salários”, disse o presidente do PT.
Ele disse ainda que os participantes propuseram que a proposta de volta da CPMF tramite no Congresso como um projeto de lei complementar e não como uma proposta de emenda constitucional (PEC), que exigiria aprovação de dois terços dos congressistas.
Golpe
Durante o encontro, a atual conjuntura política também foi tema de debates. Os conselheiros acreditam que não há elementos jurídicos para justificar o impeachment de Dilma. Sobre o papel do PSDB nessa tentativa de golpe, os participantes concluíram que a oposição deveria se concentrar para as próximas eleições.
“A presidente foi eleita para quatro anos e nós consideramos que qualquer manifestação tendente a abreviar seu mandato ou forçar a renúncia não tem cabimento na democracia que nós conquistamos”, disse Falcão.
Com informações dos jornais Valor Econômico e O Globo
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