Conselho Monetário prorroga dívidas de agricultores afetados pela seca

Além da renegociação, os agricultores familiares terão um desconto de 80% para quitação em dia do refinanciamento.


O início da quitação em 2015 e 2016
permitirá que os produtores rurais
recuperem as perdas com a estiagem
de 2012 e 2013

O Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou a prorrogação por dez anos das dívidas de agricultores afetados pela seca. A decisão vale para as parcelas vencendo em 2012, 2013 e 2014. O pagamento do valor refinanciado começa em 2015 para produtores em geral e em 2016 para agricultores familiares.

A flexibilização foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo João Rabelo, secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o custo para o Tesouro será R$ 2,1 bilhões.  

Além do direito de renegociarem as parcelas referentes aos três anos, os agricultores familiares terão um desconto de 80% caso quitem em dia as prestações do refinanciamento. O início da quitação em 2015 e 2016 permitirá que os produtores rurais recuperem as perdas com a estiagem de 2012 e 2013.  

O CMN publicou ainda uma terceira resolução autorizando agricultores da Região Nordeste a renegociar dívidas contratadas até 2006, utilizando recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e do Fundo Constitucional do Norte (FNO). A taxa de juros do refinanciamento será 4,12% ao ano, mas pode cair para 3,5% graças a um bônus de adimplência de 15%. Além disso, foi retirada a obrigatoriedade de entrada para os financiamentos. A resolução concedeu ainda outro bônus de adimplência de 15% sobre a parcela, além do concedido sobre os juros.

Agência Brasil

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